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Alemães e suas resoluções de Ano Novo

Marion Andrea Strüssmann28 de dezembro de 2001

As resoluções de Ano Novo já fazem parte da tradição do réveillon. Uma pesquisa revela quais as principais intenções dos alemães.

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Estar mais tempo com a família é o principal desejo dos alemãesFoto: DW

Todo o fim de ano é o mesmo ritual. Quem não se propõe a fazer mudanças radicais na noite de réveillon? Deixar os maus hábitos de lado, colocar em prática um plano antigo, rever pessoas, aceitar novos desafios... Os alemães não deixam de lado este momento que parece ser ideal para reformular idéias e propósitos.

A revista Bildwoche encomendou uma enquete para descobrir as principais intenções dos alemães em 2002. Em quarto lugar (11%), aparece o desejo de parar de fumar. O número de fumantes no país é bem alto e não se restringe a uma determinada faixa etária. Muitos começam a fumar ainda na adolescência e a intenção de largar o vício infelizmente ainda não conquistou a maioria dos fumantes.

Em terceiro lugar (25%), está o anseio de economizar mais dinheiro. O apelo comercial na Alemanha é muito forte e a população gostaria de resistir mais às tentações do comércio e da propaganda para poupar melhor o salário.

Emagrecer é o desejo de 28% dos entrevistados, e a segunda intenção mais mencionada. Pelo visto, este é um anseio que extrapola fronteiras, pois muitos brasileiros, por exemplo, também pretendem perder uns quilinhos em 2002.

A resolução de Ano Novo mais citada entre os alemães (36%) é ter mais tempo para o convívio familiar. O corre-corre cotidiano tem limitado o tempo de lazer com a família e as pessoas gostariam de intensificar a convivência com os parentes.

A pesquisa também apontou uma importante revelação. Cerca de 24% dos entrevistados não manifestaram qualquer intenção de mudança. Este percentual não soube dizer o que gostaria de modificar em sua vida no próximo ano.

Preocupações

Os reflexos dos atentados nos Estados Unidos lideram a lista de preocupações dos alemães. 62% dos cidadãos temem um futuro com guerras e conflitos religiosos, segundo uma pesquisa de opinião encomendada pela revista Focus.

Em segundo lugar (55%), está o medo da destruição do meio ambiente em decorrência da poluição e armas nucleares. A desigualdade entre ricos e pobres e suas conseqüências também causam apreensão entre 47% dos alemães.

Esses temores, entretanto, não devem ser qualificados como negativos. De acordo com o sociólogo Winfried Panse, os medos coletivos e moderados estimulam a criatividade e servem para a busca de soluções e melhoria do padrão e da qualidade de vida.