A vida de um floco de neve
Não só as paisagens de inverno nevadas merecem ser admiradas, mas cada floco de neve em si. Conheça a trajetória e a diversidade dos cristais de neve, do céu ao solo – um espetáculo geométrico natural único.
Inverno no país das maravilhas
O delicado ranger sob os sapatos quando se faz o primeiro passeio na neve, a tranquilidade contemplativa que o esplendor branco irradia. Em dezembro, o mais tardar no Natal, todo europeu torce pela chegada da primeira neve. No entanto uma paisagem invernal não é só bonita à distância: vista bem de perto, a neve revela um universo à parte.
Beleza delicada
A neve, que nada mais é do que uma forma de precipitação meteorológica, compõe-se de inumeráveis cristais de gelo. As delicadas estruturas se formam nas camadas altas e frias da atmosfera, quando uma gotícula d'água congela, ou vapor se condensa em torno de um núcleo, por exemplo, partículas de poeira ou de ferrugem. A temperatura deve circular entre -4 e -20 graus centígrados.
No início são seis arestas
Sob essas condições, a viagem dos flocos de neve em direção ao solo pode começar. No início, as minúsculas estruturas medem 0,1 milímetro e sua forma básica é sempre um cristal de gelo em foma de placa com seis arestas. Isso se deve à estrutura cristalina hexagonal das moléculas de água.
Do cristal ao floco
Comumente os cristais contêm numerosas ramificações, denominadas dendritos. Lembrando estrelas, eles são considerados o típico cristal de neve. Quando uma grande quantidade deles se une, formam-se os flocos de neve.
Trajetória de uma hora
O cristal de gelo precisa de quase uma hora em seu trajeto da nuvem ao solo. Em temperaturas mais altas, acima de -5 graus centígrados, e alta umidade do ar, formam-se flocos maiores; em temperaturas mais baixas e ar seco, por exemplo nos polos, a neve.cai em forma de agulhas ou plaquinhas.
Nem tão brancos assim
No entanto, a brancura das paisagens invernais não passa de uma ilusão. Pois a neve, composta de água incolor congelada, não é realmente branca. São os cristais de neve que lhe dão essa aparência: as diversas arestas, pontas e superfícies atuam como micro-espelhos, que refletem a luz branca do sol.
Efeito purpurina
Por outro lado, a cintilação da neve recém-caída é bem real, e não uma ilusão. Como os flocos repousam levemente uns sobre os outros, as pontas e arestas dos cristais podem refletir a luz, como minúsculos espelhos.