A tratadora de animais Stephanie Danzer, de Duisburg
27 de maio de 2010O dia de Stephanie Danzer começa cedo. O despertador toca às 6 horas. Ela não faz o tipo que gosta de acordar cedo, mas os animais no Zoológico de Duisburg estão à sua espera.
O amor pela profissão é tanto que vale a pena acordar cedo. Mesmo que lá fora ainda esteja escuro, o humor de Stephanie é dos melhores no momento em que deixa sua casa às 6h45, a caminho do trabalho.
Stephanie tem 37 anos e trabalha há mais de 18 como tratadora de animais no Jardim Zoológico de Duisburg. Ela prefere usar roupas esportivas e confortáveis, que são perfeitas para o tipo de trabalho que realiza.
Além de limpar as jaulas, ela tem que carregar muito peso, já que os grandes caixotes com alimentos para os animais – por exemplo, cenouras, aipo e couve – exigem grande força.
Comunicação com os animais
No decorrer de sua vida profissional, Stephanie aprendeu a interpretar as expressões e feições dos animais. A tratadora acredita que, na sua profissão, é importante saber entender o humor dos "bichanos".
Sejam pássaros, rinocerontes, cachorros do mato, tigres da Sibéria ou porcos-espinho – Stephanie enfrenta problemas somente com os grous e com dois dos leões: "Para eles, eu sou o prato principal." Nas horas livres, ela gosta de ler romances e crimes.
A tratadora de animais também tem seus animais favoritos no Zoológico: os camelos, mesmo que já tenha sido mordida por um. O que a agrada neles é que são animais que gostam de pessoas. "Os camelos se deixam alisar. Eles gostam de carinho e vem com seus focinhos para perto para serem acariciados."
Copa do Mundo de Rugby na Nova Zelândia
No apartamento moderno, vivem o namorado Andreas, ela própria, dois gatos e um cachorro. A mulher grande e forte não dispensa animais nem mesmo em casa e deixa claro que prefere os "bichinhos" às crianças. O namorado já tem dois filhos adultos, o que reforça sua decisão de não querer filhos.
Os dois se conheceram devido à paixão que têm em comum: o motociclismo. Mas, há dois anos, desde que Andreas começou a sofrer com uma doença nervosa, eles não pilotam mais. A moto está guardada no porão.
Andreas também não está mais habilitado a trabalhar. Por isso, ajuda a namorada nos afazeres da casa, preparando também os sanduíches que Stephanie leva consigo para a hora do almoço.
A doença de Andreas, entretanto, não é motivo para ficarem em casa. Em 2011, ela pretende levar o parceiro à Nova Zelândia para assistir à Copa do Mundo de Rugby. Para que o sonho se torne realidade, ela economiza cada centavo e faz serviços extras: três vezes por semana, ela trabalha num posto de gasolina.
Autora: Debarati Guha (br)
Revisão: Rodrigo Rimon