A trajetória política dos presidenciáveis
No segundo turno da corrida ao Planalto, Dilma Rousseff e Aécio Neves destacam passado político para convencer o eleitor. Conheça a história de cada candidato.
Começo na juventude
A candidata pelo PT à reeleição, Dilma Rousseff, e o tucano Aécio Neves começaram a vida política ainda jovens. Quando estudante, a petista se engajou na luta armada durante a ditadura, enquanto Aécio, com cerca de 20 anos de idade, foi braço-direito do avô, o ex-presidente da República Tancredo Neves. Nestas eleições, as campanhas têm destacado a trajetória política de cada candidato.
Contra o regime militar
Integrante da luta armada, Dilma Rousseff foi presa e torturada pela ditadura nos anos 70. A economista assumiu o primeiro cargo executivo na década de 1980. Ela comandou secretarias ligadas a finanças e energia de gestões municipais e estaduais do Rio Grande do Sul. À frente de diversas campanhas eleitorais, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e, em 2001, se filiou ao PT.
Política em família
Aécio Neves começou a carreira pública aos 17 anos. Foi secretário de gabinete parlamentar na Câmara dos Deputados e, em 1983, passou a atuar como secretário-particular do avô Tancredo, que na época era governador de Minas Gerais. Nesta foto, avô e neto aparecem no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, antiga sede da administração estadual.
Ao lado de Lula
Eleito presidente em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Dilma Rousseff como ministra de Minas e Energia. Com o escândalo do mensalão, ela assumiu a chefia da Casa Civil no lugar de José Dirceu. A mudança marcou o início de uma reforma ministerial em meio à crise política. Dois anos depois, a ministra linha dura e sisuda anunciou a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
No Congresso
Aos 24 anos, Aécio foi eleito deputado constituinte no ano de 1986. No terceiro mandato como deputado federal, se tornou líder da bancada do PSDB. Em 2001, foi escolhido presidente da Câmara e criou o Conselho de Ética e o Código de Ética e Decoro Parlamentar. No ano seguinte, foi eleito governador de Minas Gerais.
De coadjuvante a presidente
Em 2009, ainda como pré-candidata do PT à sucessão de Lula, Dilma declarou estar curada de um câncer. No ano seguinte, deixou se der coadjuvante no cenário político para se tornar "sucessora" das políticas do ex-presidente. Contra o tucano José Serra no segundo turno, ganhou a disputa com cerca de 55 milhões de votos válidos, e se tornou a primeira presidente mulher da história brasileira.
Governo mineiro
O cartão de visitas dos oito anos de Aécio Neves à frente do governo de Minas Gerais é a política do “choque de gestão”. A medida envolve o aumento de receitas e o controle de gastos. O tucano foi cotado para disputar a vice-presidência na chapa de José Serra em 2010, mas recusou o convite. Foi eleito senador no mesmo ano.
Reta final
Com cerca de 20% das intenções de voto no primeiro turno, segundo pesquisas eleitorais, Aécio Neves ultrapassou a candidata pelo PSB Marina Silva e alcançou 33,55% dos votos válidos, segundo o TSE. Sondagens para o segundo turno mostram Dilma, que conquistou 41,59% dos votos no primeiro pleito, e Aécio próximos de um empate técnico.