A Guerra dos Trinta Anos
Um conflito regional na Europa Central que estourou em maio de 1618 acabou se transformando em uma das piores guerras da história. Deixou oito milhões de mortos, a maior parte deles no atual território alemão.
Saques e violência
A guerra foi frequentemente travada em lugares onde ainda havia alimento ou algo para pilhar. Os agricultores foram torturados com o objetivo de forçá-los a revelar estoques escondidos de comida. Mercenários suecos aterrorizavam a população com a chamada "bebida sueca": um método de tortura no qual uma mistura de urina, excremento e água suja era despejada na boca dos prisioneiros.
Rei sueco impede uma vitória católica
Gustavo II Adolfo da Suécia se envolveu na guerra em 1630 para salvar o protestantismo alemão e expandir sua influência na Europa. Ele impediu a vitória do campo católico liderado pelo Sacro Império Romano e foi um comandante ativo que liderou pessoalmente suas tropas em batalha.
Morte de um rei
Uma das maiores batalhas da Guerra dos Trinta Anos foi travada em 16 de novembro de 1632 em Lützen, com enormes perdas, mas nenhum vencedor claro. O exército protestante sob o rei Gustavo 2º lutou contra as tropas do imperador do Sacro Império lideradas por Albrecht von Wallenstein. O rei morreu em uma carga de cavalaria, o que forneceu às forças católicas uma vitória para fins de propaganda.
Aproveitadores da matança
Havia também aproveitadores na guerra: comandantes que recrutavam soldados e organizavam exércitos profissionais. O mais bem-sucedido foi Albrecht von Wallenstein, que tomou o lado do imperador. Ele introduziu um sistema de taxas no qual fazendeiros e comerciantes eram forçados a fornecer alimentos e até mesmo o soldo dos soldados. O lema de Wallenstein era: "A guerra vai alimentar a si mesma".
Enforcamento
Execuções e torturas eram uma ocorrência diária. O artista e testemunha contemporânea Jacques Callot capturou os horrores da Guerra dos Trinta Anos em seus desenhos. Callot retratou a população tanto como vítima quanto perpetradora, soldados sendo linchados ou acabando virando mendigos aleijados. Sua obra mais conhecida é a gravura intitulada "O enforcamento" (1632/33).
Maio de 1648: uma paz histórica
Dificilmente alguém ainda acreditava que o fim era possível, mas ele foi finalmente alcançado. Depois de cinco anos de preparativos e negociações na cidade protestante de Osnabrück e na cidade católica de Münster, todos os lados envolvidos na guerra assinaram tratados de paz. A Paz da Vestfália ainda é vista como um mecanismo inspirador para resolver conflitos atuais.