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A COLEÇÃO FLICK

25 de setembro de 2004

Nossos usuários se manisfestaram esta semana principalmente sobre dois temas bastante polêmicos: a exposição da Coleção Flick e o filme "A Queda".

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Friedrich Christian Flick (esq.) e o diretor da Fundação do Patrimônio Prussiano, Klaus Dieter LehmannFoto: AP


Não vejo porque não expor uma coleção de obras de arte deste tipo. Em qualquer época histórica sempre houve invasão e escravidão. É triste e lamentável, mas é a realidade. O nazismo foi uma página negra na história da Alemanha, assim como ocorreu com o mundo grego, com os fenícios e romanos e está ocorrendo nos dias atuais com os Estados Unidos, que não abrem mão de seu interesse pelo petróleo no Iraque, e Israel que não aceita o Estado palestino. O neto não deve carregar a culpa pelos crimes do avô. Mesmo porque, infelizmente, por trás de toda grande fortuna há um crime.
Antonio Roberto

Acho que a coleção deve sim ser exposta em Berlim, e em outras cidades também. Seria interessante divulgar também os nomes dos fabricantes de armamentos que estão enriquecendo na atualidade, vendendo armas para os EUA, para os terroristas e para os traficantes. Os suíços são engraçados: enriqueceram com dinheiro de guerras, de ditadores, de políticos corruptos, de traficantes e acham que vão apagar isso deixando de expor em seu país a coleção Flick?
Annelise D.Frigeri

Acho que deve ser exposta a coleção de arte em Berlim. Vai ver a coleção quem quiser. Quando se faz um filme ou livro ou até uma exposicão de arte que mencione algum fato ou assunto referente ao nacional-socialismo (diga-se que não é o caso desta exposição) certas organizações de plantão saem com polêmicas ou caça às bruxas como está acontecendo com sr. Flick, com fatos de mais de 60 anos atrás.
A. Luiz Brenneisen Carlberg

"A QUEDA"
Filmes como este são importantes. Sejá lá como tenha sido a personalidade de Hitler, é importante para as novas gerações tomar contato com as demais características dos seus líderes, por mais degenerados que se tenham transformado ou sido. Não devemos nos esquecer que a luta do bem contra o mal depende muito de quem se intitula "do bem".
Mauro Luis Paiva

Acho importante desmistificar a figura de Hitler, pois as atrocidades cometidas no seu regime foram fruto do período conturbado em que ele viveu. Acima de tudo ele é humano, devemos estudar os dois lados da história, mas sem esquecer a tragédia que aconteceu glorificando um lado e demonizando o outro lado.
Adolfo Nieddermeyer Junior

Ainda hoje pode-se notar a aversão e o receio das pessoas ao se falar dos tabus históricos (ou mesmo problemas sociais atuais). Porém, deve-se acima de tudo, disseminar a discussão destes problemas para haver uma compreensão menos convencionada por anos e anos... Portanto, não podemos dizer somente que Hitler foi do "mal", numa concepção totalmente maniqueísta. Precisa-se promover uma discussão esquecendo um pouco o que foi convencionado; e refletir mais sobre o tema.
Alexandre Roth

Creio que a produção cinematográfica em questão, de Oliver Hirschbiegel, é um marco histórico e, para mim, sinaliza uma mudança radical na forma de vermos o ser humano, pois ao longo de séculos a humanidade tem sido levada a crer numa bondade intrínseca do homem que, com a proposta do filme parece, essa sim, ser desmistificada. A humanidade produziu homens como Hitler, Stalin, Idi Amim, permitiu o surgimento do Cremlin vermelho etc… que, não obstante terem feito o que fizeram, eram seres humanos ou foram produzidos por seres humanos. Pelo alerta para a possibilidade potencial do surgimento de novos seres humanos como Hitler, o filme merece aplausos.
Robinson Vieira

O filme é polêmico, mas, mais que isso, é perigoso no sentido que pode tornar-se um instrumento a fomentar o crescimento de uma nova onda nazista, já bem definida na Alemanha atual. Querer mostrar "uma face humana e bondosa" de Hitler pode ser considerado um insulto ao sentimento de milhões de pessoas em todo o mundo. Demonstrar respeito por essas pessoas é o mínimo que o povo alemão pode fazer no momento. Espero que a mídia internacional não estimule ainda mais a curiosidade sobre o tema.
José Indio Alves

É bom que resgatemos a memória de Hitler. O que ele fez não tem uma explicação plausível, mas se pusermos na balança Hitler e a Igreja no período da Inquisição, não sei quem vai pesar mais. Quem deveria ser mais equilibrado? Quem deveria ter obrigação de ser equilibrado, após tantos anos de formação? Quem se escondia atrás da bandeira do poder? Os motivos são distintos mas se levarmos para o lado da monstruosidade…
Marta Jensen

Veja que a questão central não é "humanizar" a figura de Hitler – mas mostrar às novas gerações o que efetivamente representou o nacional-socialismo com Hitler, assim como as conseqüências para a nação alemã e para a humanidade do domínio de doutrinas racistas/autoritárias. Sim. Creio que deve ser desmistificada não só a figura de Hitler, mas também a de de seu co-irmão Joseph Stálin, pois a derrota de um ditador levou à ascensão do outro, que prosseguiu na tarefa de destruição humana.
Rivadávia Rosa

Acho certo desmistificar Hitler. Acho certo estudar as condições que permitiram a ascensão de Hitler e tudo que esteja na origem de suas ações. Acho que há pelo mundo pessoas até piores do que ele, precisamos aprender a identificá-las para neutralizá-las.
Annelise Dorothea Frigeri