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2001: um ano péssimo ano para os bancos

24 de junho de 2002

Caíram os lucros e a rentabilidade dos bancos alemães no ano passado. A necessidade de reduzir os custos força a fusões e cooperações. Os bancos privados estão "de olho" nos estatais e cooperativos.

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Sede do Deutsche Bank (d) e Dresdner Bank (e), em FrankfurtFoto: AP

Os estabelecimentos de crédito da Alemanha passam por uma fase difícil, na avaliação da Federação dos Bancos Alemães (BdB). "O ano passado foi para os bancos alemães um dos piores desde a fundação da República Federal da Alemanha", disse o diretor gerente da federação, Manfred Weber, na apresentação do Relatório 2002, publicado a cada dois anos.

Queda de lucros força fusões

- Os lucros e a rentabilidade dos bancos diminuíram consideravelmente. Isso não afetou apenas alguns e sim o setor como um todo. Diante da necessidade de redução dos custos, a união de certas atividades, através de parcerias e fusões, assume maior importância. Apesar de várias fusões nos últimos anos, muitos bancos alemães ainda não atingiram um tamanho ideal como empresa - diz o relatório, acrescentando que a concentração está em pleno andamento em outros países europeus.

O sistema bancário alemão

- Na Alemanha há três tipos de bancos: os privados, os estatais - caixas econômicas (municipais) e bancos estaduais - e as cooperativas de crédito. Até agora as fusões e cooperações só ocorreram entre bancos do mesmo tipo. "Essa separação estrita deveria ser abolida e fazer parte do passado", disse Weber, lembrando que outros países europeus seguiram esse caminho. "A Alemanha não pode e não deve se esquivar dessa tendência", acrescentou.

No entanto, fusões entre bancos privados e estatais não são possíveis atualmente por razões legais. Mas uma cooperação nas transferências de pagamento, por exemplo, seria cabível. A tendência a parcerias nessa área é inegável. Na semana passada, círculos financeiros informaram que os três maiores bancos privados - Deutsche Bank, Dresdner Bank e HypoVereinsbank - vão unificar seus sistemas de transferência de pagamentos. A assinatura de uma declaração de intenções seria apenas uma questão de duas semanas.

Reações

- As caixas econômicas e as principais cooperativas bancárias rechaçaram a idéia de fusões. Seus porta-vozes disseram que elas não estão dispostas a contribuir para uma menor competição, às custas dos clientes. "Conclamamos os bancos particulares a procurarem suas chances de mercado na concorrência, e não na discussão sobre mudanças de estruturas", diz uma nota da Federação das Caixas Econômicas.

De 1990 até o final de 2001, o número de cooperativas bancárias diminuiu de 3.380 para 1.620. As caixas econômicas registraram uma diminuição de 770 a 535. O número de fusões dos bancos particulares não foi alto, ao contrário do volume de transações. (ns)