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Última chance para a diplomacia

rw17 de março de 2003

Chegou o "momento da verdade" para o mundo, disse George Bush nos Açores, após o encontro com Blair e Aznar. Gerhard Schröder duvida que guerra ainda seja evitável.

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Blair, Bush e Aznar buscam legitimação para atacar o IraqueFoto: AP

O encontro entre os chefes de governo dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Espanha, na ilha Terceira, neste domingo (16), deixou claro que os defensores da guerra estão perdendo a paciência.

O chanceler federal, Gerhard Schröder, duvida que a guerra ainda seja evitável, mas não exclui as possibilidades de solução diplomática no último minuto.

Chegou o momento da verdade para o desarmamento incondicional e imediato do Iraque, disse George Bush, que fez um ultimato ao Conselho de Segurança e ao Iraque.

"O tempo da diplomacia está acabando. Chegou a hora da verdade na crise do Iraque. Ela vai revelar se a solução diplomática ainda é possível", destacou o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, após a curta reunião com Tony Blair, José Maria Aznar e o primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso, neste domingo (16).

Se o Iraque tiver de ser desarmado à força, o Conselho de Segurança tem de aprovar uma resolução "rapidamente". O presidente iraquiano é "um perigo para seus vizinhos", financia terroristas e é um "obstáculo" à paz no Oriente Médio, ressaltou o presidente dos Estados Unidos.

Decisão por guerra ou paz nas mãos de Saddam

Bush acrescentou que Saddam Hussein ainda pode deixar seu país, se quiser evitar uma guerra. De todas as maneiras, está nas mãos do Iraque a escolha entre guerra ou paz, salientou o presidente dos EUA.

Tony Blair fez um "último apelo" e exortou a comunidade internacional a conceder um "claro ultimato" a Bagdá. Este ultimato deveria permitir o uso de violência, caso o Iraque não se desarmar, ressaltou o primeiro-ministro britânico.

Nesta segunda-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pretende analisar a portas fechadas a proposta de mediação apresentada no sábado pela Alemanha, França e Rússia. Estes países sugerem um cronograma "exigente e realista ao mesmo tempo", com prazos para o Iraque destruir seu arsenal de armas.

Na declaração conjunta, Alemanha, França e Rússia sugerem que o Conselho de Segurança aprove a lista prioritária de tarefas para o desarmamento. Os relatórios dos inspetores teriam mostrado que o desarmamento do Iraque está em andamento e pode ser concluído, desde que haja cooperação de Bagdá.