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Forever young

12 de janeiro de 2011

Sucesso mundial na década de 1980 com "Big in Japan" e "Forever Young", a banda de Münster lançou novo disco no final de 2010 e prepara turnê pela Alemanha.

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Vocalista Marian Gold, único remanescente da formação original, à frente da bandaFoto: Universal Music Group

Uma retrospectiva dos grandes sucessos dos anos 1980 não pode deixar de fora a banda alemã Alphaville. Os sons de sintetizadores e teclados e as melodias grudentas eram a marca registrada do grupo da cidade de Münster, que conquistou fãs em todo o mundo com sucessos como Big in Japan e Forever Young.

Depois de ter se tornado mundialmente famoso no anos 80, o grupo em torno do vocalista Marian Gold foi sumindo ao longo dos 90, até praticamente sumir do cenário musical. Agora, 13 anos após o último álbum oficial, os alemães aproveitam o resgate do estilo oitentista e voltam à cena com o disco Catching Rays On Giant, lançado em novembro de 2010, e preparam turnê pela Alemanha, que começa em março na cidade de Aurich. Um retorno surpreendente e de clara referência aos melhores tempos da banda.

Alphaville
Para Gold, discos anteriores eram muito experimentaisFoto: picture-alliance/dpa

Para Marian Gold, o fato de o grupo ter sido aparentemente esquecido não apenas pela mídia, mas também pelos fãs, não é motivo para desapontamento. Na opinião dele, os discos anteriores do Alphaville foram feitos de forma mais experimental, e talvez por isso não tenham despertado o interesse do grande público.

Um exemplo foi o álbum Crazy Show, que em 2003 foi divulgado apenas pelo site do Alphaville. Nas rádios, as músicas praticamente não tiveram repercussão.

Mesmo sem estar presente na mídia internacional, o Alphaville, como os próprios integrantes lembram, continuou fazendo shows. Foi na estrada que Marian Gold, único remanescente da formação original, escreveu com os novos companheiros as músicas do novo disco.

Alphaville Cover Catching Rays on Giant
Capa do novo disco 'Catching Rays on Giant'Foto: We Love Music

A ideia era fazer um trabalho que retomasse o estilo musical que marcou a banda na década de 80. Apesar de usar as atuais possibilidades tecnológicas e de produção, o disco preserva os elementos musicais que eram a marca registrada daquela época. Em algumas canções, o grupo fez questão usar os antigos sintetizadores e teclados típicos das baladas pop que embalavam o público há 30 anos.

"Eu nem mesmo estou seguro de que conseguimos alcançar o Zeitgeist atual com o nosso som, mas o que encontramos 100% foi a alma e a identidade musical do Alphaville", destaca o vocalista.

O novo álbum vai ser a base da grande turnê que a banda fará em 2011 pela Alemanha, apesar de a preferência de muitos fãs ainda ser pelos antigos sucessos. O grupo está ciente disso, mas afirma não se tratar de um problema. "Eu me sinto incrivelmente privilegiado nas turnês por poder levar na bagagem alguns hits mundiais, pelos quais as pessoas aguardam ansiosas. Temos então a possibilidade de chegar a elas com os novos sucessos, e isso funciona muito bem", afirma Gold.

Autor: Ralf Kennel (df)
Revisão: Alexandre Schossler