Élber faz quatro gols e é eleito o craque da rodada
19 de agosto de 2002Élber, 30 anos, destroçou quase que sozinho o Arminia Bielefeld, clube que subiu da segunda divisão. Um gol de cabeça (18 min), um de esquerda (20 min do 2º tempo) e dois de direita (41 min e 39 do 2º tempo); sem contar o passe de cabeça para o primeiro gol de Ballack (26 min). O atacante brasileiro deu um verdadeiro show de bola para os 60.000 espectadores que lotaram o Estádio Olímpico de Munique.
O zagueiro Thomas Linke, seu companheiro do Bayern de Munique, disse que não conseguia fechar a boca de tanta surpresa. "Calcanhar, bico, um, dois, três - sensacional; seu jogo, além de bonito, é efetivo. Foi um futebol de sonhos", afirmou Linke, vice-campeão mundial com a seleção alemã na Copa de 2002.
Apesar dos elogios, Élber tentou manter os pés no chão. "Quatro gols numa partida oficial, acho que nunca consegui marcar; talvez quando jogava nas divisões de juniores no Brasil", afirmou o brasileiro.
Desde que o treinador do Bayern, Ottmar Hitzfeld, nomeou-o para ser o vice-capitão do time, como substituto do goleiro Oliver Kahn, Élber parou de fazer suas costumeiras gozações; deixou de ser o palhaço do time e adotou uma postura séria.
Adeus à seleção
- Decepcionado por não ter sido convocado para a equipe de Luís Felipe Scolari que disputou a Copa de 2002, Élber declarou, logo após o fim da Copa, que não quer mais jogar na seleção.Ele sabe que só tem mais alguns anos de carreira e resolveu apostar suas fichas no Bayern de Munique, clube com o qual tem contrato até 2004. Seu objetivo é sagrar-se artilheiro da atual temporada, feito que ele ainda não conseguiu, apesar de ser o jogador estrangeiro que mais marcou gols na história do Campeonato Alemão.
Rodrigo da Costa
- Além de Élber, eleito craque da rodada, mais um brasileiro entrou para a seleção da rodada, escolhida pela revista esportiva alemã Kicker. Trata-se do zagueiro Rodrigo Costa, recém-transferido do Grêmio para o Munique 1860. Ele foi o destaque da vitória do Munique sobre o Hannover (3 a 1), fechando a defesa e comandando a saída de bola. Ou seja, o que se espera de um moderno zagueiro.