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Ébola volta a ameaçar a Guiné-Bissau

Nádia Issufo28 de maio de 2015

Ébola está à porta da Guiné-Bissau. Novos casos da doença foram registados na Guiné-Conacri, país vizinho. Como as fronteiras entre os dois países são porosas, Bissau está preocupado e deixou um alerta ao povo.

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Centro de saúde de Buruntuma, Guiné-BissauFoto: DW/Fátima Tchuma Camará

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram confirmados, pelo menos, cinco novos casos de ébola em localidades do norte da Guiné-Conacri próximas da região sul e leste da Guiné-Bissau. Depois disso, o ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau lançou um alerta à população para que seja vigilante e tome medidas de prevenção.

E os serviços de saúde da Guiné-Bissau garantem que está tudo a posto para a prevenção. O diretor do centro de saúde de Buruntuma, localidade que faz fronteira com a Guiné-Conacri, está apenas a um kilometro, diz que nunca baixaram os braços.

Bubacar Buaro conta as medidas tomadas pelo posto de saúde que dirige: "Neste momento reforçamos ainda mais as medidas, porque estamos na época chuvosa. Visto que neste momento é fácil as doenças se alastrarem, qualquer que seja a doença. É por isso que que neste momento reforçamos aqui as medidas de prevenção contra o ébola."

De acordo com o relatório de quarta-feira (27.05) da OMS, a semana passada foi aquela em que se registou o maior número total de casos confirmados do vírus ao longo de um mês, com 35 casos notificados da Guiné-Conacri e Serra Leoa.

Zelt zur Isolierung für Fälle von Ebola
Tendas de isolamento instaladas na fronteira com a Guiné-ConacriFoto: F. Tchuma Camara

Tudo sob controlo

Mas segundo a organização, uma equipa de resposta da Guiné-Bissau foi enviada para a fronteira para avaliar pontos de entrada e também uma equipa de investigação epidemiológica também está trabalhar para garantir o rastreio dos que entram.

Bubacar Buaro, diretor do centro de saúde de Buruntuma, garante que as brigadas de controlo fronteiriço, que ficam a 500 metros da fronteira, estão operacionais: "Sim. Eu sou técnico e estão aqui mais dois técnicos de saúde. Temos uma escala onde todos dias têm de permanecer lá um técnico conjuntamente com o pessoal da guarda nacional."

O medo permanece

Leute, an der Grenze des Buruntuma, ihre Hände waschen
Na fronteira, em Buruntuma, populares seguem medidas de higiene recomendadas pelas autoridadesFoto: DW/Braima Darame

Apesar de os países vizinhos, a Guiné-Conacri, Mali e Senegal, já terem sido afetados pela epidemia, nenhum caso da doença foi detetado na Guiné-Bissau. Entretanto, o fluxo migratório da Guiné-Conacri para a Guiné-Bissau é grande. Uns procuram melhores condições de vida, outros visitam familiares, mas há quem vá apenas por razões comerciais.

A DW África ouviu um comerciante de Buruntuma, zona de risco, que nos conta como se previne: "Lavar as mãos com lixivia e os materiais também, tudo com lixivia."

Dialó mantém contacto frequente com vizinhos da Guiné-Conacri por razões profissionais aos domingos e segundas-feiras e não esconde o seu receio em contrair o vírus do ébola: "Sim, tenho medo. Mas cumpro com as medidas de prevenção."

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