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Serifo Nhamadjo representa a Guiné-Bissau na Assembleia Geral da ONU

Braima Darame (Bissau)25 de setembro de 2013

O Presidente de transição da Guiné-Bissau vai intervir na 68.ª Assembleia Geral da ONU onde lançará um apelo aos líderes mundiais para que reforcem o apoio ao seu país.

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Manuel Serifo Nhamadjo, Presidente de transição da Guiné-BissauFoto: picture-alliance/abaca

Pela primeira vez, as autoridades de transição vão representar a Guiné-Bissau na 68ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque. Recorde-se que, há precisamente um ano, o país protagonizou um acontecimento inédito depois de duas delegações, uma das autoridades de transição e outra em representação do governo e presidente depostos no golpe de Estado de abril de 2012, terem pedido credenciais para discursar na Assembleia Geral da ONU, em nome da Guiné-Bissau. Perante tamanha confusão, a ONU decidiu, na altura, que nenhum representante da Guiné-Bissau usasse a palavra.

Este ano, a ONU decidiu acreditar a comitiva do governo de transição chefiada pelo Presidente, Serifo Nhamadjo que tem uma intervenção marcada para esta quinta-feira à tarde.

Guiné-Bissau precisa da solidariedade internacional

Falando aos Jornalistas antes de partir para Nova Iorque, Nhamadjo, disse que vai pedir a solidariedade da comunidade internacional para com a Guiné-Bissau. “Levo uma mensagem de esperança do povo guineense que quero partilhar com todos os líderes mundiais. Esta mensagem reflete o quadro da situação que vivemos no país e servirá, mais uma vez, para solicitarmos à comunidade internacional uma maior solidariedade para que possamos organizar a parte final dessa transição”.

Entretanto, à margem da Assembleia Geral, o chefe de Estado de transição, deve aproveitar a sua estadia em Nova Iorque para insistir junto de alguns líderes mundiais na necessidade da Guiné-Bissau ser apoiada ainda mais com vista à sua estabilização e desenvolvimento.

Bildergalerie UN Hauptquartier New York Gebäude
Sede da ONU em Nova IorqueFoto: Fotolia/TAF

No encontro com os jornalistas, Serifo Nhamadjo admitiu por outro lado, que as eleições gerais marcadas para 24 de novembro poderão ser adiadas. No entanto, sublinhou “a data mantém-se até à alteração definitiva”. Nhamadjo, destacou que na sua intervenção na Assembleia-Geral da ONU irá abordar a perspetiva do escrutínio ter lugar daqui a dois meses.

Parlamento da Guiné-Bissau legitimou este executivo

Na intervenção de quinta-feira Serifo Nhamadjo pretende ainda aproveitar a Assembleia Geral da ONU, para fazer uma retrospectiva histórica do seu país e perspetivar o futuro do Estado guineense tendo em conta as metas traçadas para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

“A Assembleia Geral é uma oportunidade para fazermos o balanço do que têm sido os esforços da Guiné-Bissau no âmbito do cumprimento dos Objetivos do Milénio e ao mesmo tempo falarmos dos temas políticos internacionais que nos preocupam nomeadamente os do nosso continente”.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição, Fernando Delfim da Silva, que faz parte da delegação, esclareceu que a intervenção de Serifo Nhamadjo na ONU, é legítima, deitando assim por terra algumas críticas que circulavam em Bissau.

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Uma movimentada artéria de Bissau, a capital guineenseFoto: DW/B. Darame

“Primeiro, porque a Assembleia Nacional Popular -ANP- (Parlamento guineense) começou a funcionar em pleno e é o único órgão eleito pelo povo. Este órgão ratificou a transição política, para além de ter aprovado um pacto revisto do Acordo Político de Transição. Por outro lado, a ANP aprovou o programa e o orçamento do governo…tudo isto significa que legitimou este executivo”.

Analistas em Bissau acreditam que nos contactos internacionais, que serão mantidos em Nova Iorque, a comitiva da Guiné-Bissau vai reafirmar como meta para a realização das eleições gerais a 24 de novembro e o fim do período de transição 31 de dezembro, data há muito acordada com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Várias personalidades guineenses e internacionais têm admitido nas últimas semanas que o escrutínio pode ser adiado devido aos atrasos na sua preparação.

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