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Combate ao HIV/SIDA é ampliado em Angola

5 de outubro de 2016

Primeira remessa de antiretrovirais deve chegar nas próximas semanas. Programa irá trabalhar de forma inédita com grupos de risco da sociedade.

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Swasiland Aids-Patient bekommt antiretrovirale Medikamente
Foto: picture alliance/dpa

Angola deve receber nas próximas semanas remessas de antirretrovirais para combater o HIV/SIDA. Os medicamentos foram comprados por meio do financiamento do Fundo Global, que foram anunciados em julho deste ano. No total, o país receberá 32 milhões de dólares nos próximos dois anos para investir na compra de materiais e medicamentos e em programas para a prevenção e o tratamento da doença.

Os recursos do Fundo Global são gerenciados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que desde o mês de julho já adiantou o processo de compra dos antirretrovirais que devem chegar nas próximas semanas ao país, como explica o representante do PNUD em Angola, Paolo Balladelli.

"O PNUD já começou a fazer as requisições para fazer as aquisições dos medicamentos antirretrovirais, assim como também dos testes e também de uma série de outros bioquímicos que servem para medir a carga viral. Já estamos no momento de poder receber os medicamentos, os testes e os outros elementos”, ressalta.

Combate ao vírus

Antiretrovirale Medikamente HIV AIDS Mosambik Afrika
Foto: DW/E.Silvestre

Segundo Balladelli, este é um projeto que terá duração de dois anos, desde julho deste ano até o final de junho do ano de 2018. No total, serão investidos pelo menos 30 milhões de dólares em diferentes áreas do combate ao vírus HIV. 

"São 30 milhões de dólares, dos quais 20 milhões são praticamente para comprar os medicamentos antiretrovirais e os testes para HIV/SIDA, e uma parte dessa verba vai ser utilizada para melhorar a qualidade dos dados no serviço de saúde para implementar programas de prevenção”.

O projeto de dois anos seguirá estratégias inéditas de combate ao HIV em Angola, como trabalhar a prevenção e o tratamento de forma especial com grupos de risco da sociedade. Entre estes grupos, afrima o representante do PNUD, estão as trabalhadoras do sexo e os homossexuais.

"Essa é uma grande novidade, porque até agora não foi implementado nenhum programa para as mulheres que são trabalhadoras sexuais, assim também para os homens que fazem sexo com outros homens. Temos uma previsão de trabalhar com 2 mil trabalhadoras do sexo e com mil homem que têm sexo com outros homens”.

Prevenção

04.10.2016 Angola - HIV/PNUD - MP3-Mono

Ainda de acordo com Balladelli, essa estratégia de ação inédita contemplará os adolescentes, em particular as raparigas.  "Uma parte deste orçamento que vai ser destinada também para prevenção com adolescentes, em particular com 30 mil raparigas”.

E para além da compra de medicamentos e materiais para a prevenção, parte dos recursos do Fundo Global em Angola serão destinados para a formação de ativistas e ONGs que atuarão diretamente nas comunidades para ajudar no combate da doença.

Além disso, as instituições que coordenam o projeto pretendem reduzir a discriminação dos portadores da doença por meio da aplicação de uma nova legislação no país nos próximos dois anos.

O combate ao HIV/SIDA em Angola, segundo aponta o representante do PNUD, foi de certa forma prejudicado pela crise económica pela qual passa Angola.

"Seguramente, com a crise economica do país, houve uma agodização do que é a situação dos medicamentos em geral. Não é só no setor da saúde, mas todos os setores foram afetados pelo problema do petróleo que teve uma baixa muito grande no nível internaiconal, com o preço. Mas não podemos estimar qual é a situação”, afirma.

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