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Polícia angolana assegura que não há milícias em Luanda

25 de maio de 2012

A Polícia Nacional de Angola negou formalmente esta sexta-feira (25.05) a existência de milícias em Luanda que atacam manifestantes anti-governo. Alguns ativistas acusam a própria polícia de estar por trás das agressões.

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Demonstration in Benguela, Angola Wer hat das Bild gemacht?: Nelson Sul d'Angola (DW) Wann wurde das Bild gemacht?: 10.03.2012 Wo wurde das Bild aufgenommen?: Benguela, Angola Bildbeschreibung: Bei welcher Gelegenheit / in welcher Situation wurde das Bild aufgenommen? Wer oder was ist auf dem Bild zu sehen? Demonstranten protestieren in Benguela (Süd-Angola) gegen die Ernennung von Suzana Inglês zur Chefin der Nationalen Wahlkomission Angolas (CNE) und gegen die Regierung der herrschenden Partei MPLA unter Präsident José Eduardo dos Santos. Zugeliefert am 12.3.2012 durch Johannes Beck
Demonstration in Benguela AngolaFoto: DW

O último ataque ocorreu na noite da passada terça-feira (22.05), em Luanda, em casa do rapper Carbono Casimiro, contra cerca de 10 jovens ligados aos protestos contra o Governo angolano. Três pessoas ficaram gravemente feridas depois deste ataque levado a cabo por um grupo de 15 homens armados e encapuzados.

O comandante geral da Polícia angolana, comissário Ambrósio de Lemos, disse à DW África que as informações que foram avançadas nos últimos dias são falsas e que a polícia nunca teve necessidade de formar “forças paralelas” para conter eventuais convulsões sociais em Angola.

Ambrósio de Lemos, que há seis anos dirige a polícia, diz que até agora nenhum dos manifestantes apresentou formalmente queixa. “Ainda ninguém me apresentou uma pessoa encapuzada nesta atividade”, assegura.

O comandante afirma que quando a Polícia Nacional tem conhecimento de algum incidente “acorre ao local “quando são informados sobre “escaramuças  em determinado local”. Mas até ao momento “ainda não conseguiram apanhar nenhum encapuzado ou pessoa que tivesse feito a agressão”, diz. “Porque quando isso acontece, nós agimos em conformidade com a lei”, sublinha.

Jovens agredidos recebem assistência

Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático, é um dos agredidos mais conhecidos nas manifestações em Angola
Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático, é um dos agredidos mais conhecidos nas manifestações em AngolaFoto: Alexandre Solombe

Na capital angolana, os jovens agredidos por um grupo não identificado continuam a receber assistência em hospitais públicos, mesmo depois de terem sido rejeitados inicialmente.  

Os dois jovens responsabilizam “milícias” favoráveis ao Presidente José Eduardo dos Santos pelos ataques e garantem que os homens que os agrediram são os mesmos que já antes atacaram nas manifestações organizadas pelo grupo.

Um dos agredidos mais conhecidos nas manifestações contra o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, é o economista Filomeno Vieira Lopes, membro do Bloco Democrático. Filomeno Vieira Lopes denuncia que em Angola se “continua com este tipo de ação assassina, que naturalmente não deve ser tolerada e o mais grave é a articulação que isto tem com os órgãos institucionais”.

 Autor Manuel Vieira (Luanda)
Edição: Madalena Sampaio/António Rocha

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