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PME de Tete sofrem com baixa do preço do carvão

Amós Zacarias (Tete)11 de março de 2015

Na província central moçambicana, as mineradoras continuam a viver tempos difíceis devido à baixa do preço do carvão a nível internacional. Isso traz também consequências negativas para as pequenas e médias empresas.

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Foto: DW/J. Beck

Na província de Tete, as empresas mineiras continuam a acumular altos prejuízos devido à queda contínua do preço de carvão nos mercados internacionais, além dos custos elevados de operação. Em fevereiro deste ano, uma tonelada de carvão estava a ser vendida, em média, por pouco mais de 60 dólares. Em 2012, o preço chegou a ultrapassar os 90 dólares por tonelada, segundo o Banco Mundial.

A Vale Moçambique, que explora o carvão mineral no distrito de Moatize, registou em 2014 prejuízos no valor de 507 milhões de dólares norte-americanos, quase o dobro dos prejuízos referentes ao ano de 2013. Para fazer frente aos custos, no final de 2014, a empresa vendeu à japonesa Mitsui 14 por cento da mina em Moatize.

Mas os prejuízos não são só a montante. Segundo o empresário Gafar Beca, todo o ambiente de negócios na província está a ser afetado: "Tem havido um certo retraimento nos investimentos."

PME têm sido atingidas

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Perante esta crise, muitas pequenas e médias empresas (PME) na cidade de Tete começam a encerrar as portas. O cidadão Elton Michel é testemunha disso.

"Começámos a assistir à retirada de muitas empresas. Há uma perda de divisas. Há pouca circulação de dinheiro porque as mineradoras aqui representadas vão cessando os seus contratos de trabalho."

Recentemente, face às constantes quedas do preço do carvão, o diretor da Jindal África anunciou que a sua empresa vai rescindir os contratos com as empresas por si subcontratadas.

Uma fonte da Direção Provincial dos Recursos Minerais da província de Tete revelou à DW África que muitos trabalhadores poderão ficar desempregados nos próximos tempos, porque as empresas mineiras vão reduzir os gastos de operação.

Kohlemine Minas Moatize
Exploração de carvão em MoatizeFoto: DW/J. Beck

Ainda há esperança

Edson Lino, outro empresário sedeado na cidade de Tete, considera que, no passado, as pequenas empresas cometeram um erro ao contarem demasiado com as grandes companhias do setor extrativo. Mas ainda há uma saída, diz.

"É preciso que haja um intercâmbio entre pequenas e médias empresas nesta e noutras províncias para que elas possam catapultar as suas finanças."

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