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PAIGC não quer Carlos Gomes Júnior como candidato às presidenciais guineenses

Braima Darame (Bissau)3 de março de 2014

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde descartou a possibilidade do primeiro-ministro deposto se candidatar às presidencias de 13 de abril pelo PAIGC. O ex-ministro José Mário Vaz será o candidato.

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Foto: DW

O antigo ministro das Finanças da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, é o candidato escolhido pelo PAIGC para concorrer ao cargo de Presidente da República da Guiné-Bissau.

A eleição de Jomav - nome pelo qual so ex-ministro também é conhecido no país - aconteceu durante a reunião do Comité Central que terminou no último domingo (02.03.2014).

A votação ficou marcada por uma peripécia: 14 membros do Comité Central do PAIGC votaram em Carlos Gomes Júnior - primeiro-ministro deposto por um golpe de Estado militar em abril de 2012 - cujo nome foi rejeitado pelas estruturas do partido. A conclusão foi a anulação dos votos em questão.

Desta forma, o pedido do ex-líder do partido cai por terra mesmo após procurar o apoio do PAIGC. O processo do primeiro-ministro deposto não passou pelo crivo do Conselho Nacional de Jurisdição para chegar às primárias, com a justificação de que está fora do país e não poderia apresentar a sua moção de candidatura.

Carlos Gomes Júnior é impedido de concorrer às eleições
Foto: picture-alliance/abaca

Segundo Domingos Simões Pereira, o presidente do PAIGC, a candidatura de Carlos Gomes Júnior não depende apenas do partido. "Precisamos ser realistas. Ele saiu da Guiné-Bissau num quadro bastante específico. E agora é preciso que se crie primeiro um cenário de normalidade novamente", explica Pereira.

José Maria Vaz e a Justiça

Observadores em Bissau referiram que José Mário Vaz também tem problemas não resolvidos com a justiça. Razão pela qual o Supremo Tribunal poderá vetar a sua candidatura. Jomav, porém, acredita estar sendo perseguido pela justiça guineense como forma de tentar silenciá-lo.

Em fevereiro de 2013, José Mário Vaz esteve três dias detidos por ordem do Ministério Público. A decisão foi tomada devido a inquéritos sobre um alegado desaparecimento de 9,1 milhões de euros que Angola ofereceu à Guiné-Bissau, mas que não teriam dado entrada nos cofres do Tesouro.

José Mário Vaz fala numa vitória para unir o povo e relançar o país. "Prioridade das prioridades é criar uma economia forte, criar trabalho e pôr finalmente a economia a funcionar", sublinhou.

Manuel Serifo Nhamadjo quer ser eleito
Foto: DW/Joao Carlos

Nhamadjo nega candidatura independente

Esta segunda-feira (03.03.2014), o presidente de transição da Guiné-Bissau, Manuel Serifo Nhamadjo, negou que seja candidato independente nas próximas eleições presidenciais, como declararam publicações locais em Bissau.

Na capital guineense, mais de dez candidaturas às presidenciais, das mais de 20 anunciadas, já foram depositadas no Supremo Tribunal da Justiça.

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