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Oposição sul-africana quer a divulgação de gastos de Zuma

Reuters | Lusa | tms
12 de novembro de 2017

A Aliança Democrática exige saber quanto o Estado pagou à defesa do Presidente no processo que o acusa de corrupção. Solicitação foi enviada ao Tribunal Superior da África do Sul.

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Foto: Reuters/S. Sibeko

O principal partido da oposição da África do Sul afirmou este domingo (12.11) que pediu ao Tribunal Superior do país que exija do Presidente Jacob Zuma a prestação de contas do montante gasto pelo Estado em honorários legais para lhe defender das acusações de corrupção.

Segundo o presidente do Conselho Federal da Aliança Democrática (DA, sigla em inglês), James Selfe, na solicitação o partido pediu que o tribunal dê um prazo de até cinco dias para que Zuma envie ao Parlamento um documento especificando o valor gasto.

No dia 2 de novembro, durante uma sessão parlamentar, o Presidente falhou em responder a uma pergunta sobre a quanto gastou desde 1 de maio de 2009 para se defender de 783 acusações de corrupção, que foram retiradas pelo Ministério Público antes de ele concorrer à Presidência.

"Ao evitar a questão, o partido acredita que o presidente [da sessão] e deputado, Lechesa Tsenoli, permitiu que o Presidente Zuma evitasse a questão, agindo ilegal e inconstitucionalmente", disse Selfe.

"Dado que o contribuinte provavelmente pagou a conta para os custos legais do Presidente, o montante total gasto deve ser revelado à opinião pública".

Acusações mantidas

Em 13 de outubro passado, o Supremo Tribunal decidiu manter as 783 imputações de corrupção apresentadas contra Zuma, que haviam sido arquivados irregularmente pelo Ministério Público em 2009.

Zuma, que não continuará à frente do seu partido nas próximas eleições, enfrentou com êxito várias moções de censura relacionadas com os escândalos de corrupção que o rodeiam.

O Presidente sul-africano, de 75 anos, teve de devolver no ano passado, por ordem do Tribunal Constitucional, meio milhão de euros devido a dinheiros públicos que havia gastado de forma irregular na recuparação da sua residência privada.

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