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O que mudou em Palma com os investimentos no setor do gás?

Nádia Issufo
8 de maio de 2018

Até bem pouco tempo Palma era um distrito esquecido em Moçambique. Mas o gás veio dar um lugar a Palma no mapa. A região está na mira de algumas multinacionais porque possui uma das maiores reservas de gás do mundo.

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David Machimbuko
David Machimbuko, administrador do distrito de Palma, província de Cabo DelgadoFoto: DW/N. Issufo

A DW África entrevistou David Machimbuko, administrador de Palma, província de Cabo Delgado no norte de Moçambique, que esteve aqui em Bona recentemente para participar no encontro anual da ICLEI (International Council for Local Environmental Initiatives), um Fórum que tem por objetivo envolver Governos locais em prol da Sustentabilidade.

DW África: O que mudou no distrito de Palma com o investimentos na área do gás? 

 

David Machimbuko (DM): Para além dos investimentos para a área de produção ou processamento de gás, temos agora, o nascimento de empresas ligadas ao turismo, que são hotéis que às vezes ou nalgum momento, já se equiparam aos hotéis na cidade de Pemba. E então a população também tem as suas oportunidades de colocar o seu produto no mercado, uma vez que o nível de crescimento populacional corre atrás daquilo que são os investimentos.

Atendendo que há procura de emprego as diferentes áreas que neste preciso momento estão a prestar serviços recrutam o pessoal local e isso é uma mais-valia que a própria população vem ganhando o emprego assim como, na promoção dos seus produtos que localmente produzem.

DW África: É possível mencionar ganhos obtidos já em Palma com esses investimentos quer na área do gás quer na área do turismo?

DM: Na área de turismo já temos quatro hotéis de quatro estrelas, na área económica também ligada ao emprego há mais pessoas que estão a ser empregadas por causa das compensações que estão a acontecer a própria população já consegue promover o autoemprego fazendo atividades económicas como neste caso venda ou compra de produtos colocados no mercado local.

DW África: Em termos de serviços prestados à população, refiro-me à saúde e à educação. Qual foi o ganho que as comunidades obtiveram até agora?

 DM: Com base naquilo que são as responsabilidades sociais das empresas, nós temos um bloco operatório que é de renome com um sistema que não se equipara a qualquer um ao nível do país.

Temos um sistema de iluminação que existe ou montado para o hospital local nem o hospital central de Maputo tem. Até agora nós ressentimos a capacidade de fornecimento de energia que afinal a própria qualidade não chega a arrancar todo o equipamento.

Só para sala de observação questões de Raio X, também temos máquinas modernas com capacidade também de serem reparadas ao nível local. Temos laboratório com capacidade de análise de bioquímicas que no entanto equiparamos ao hospital provincial.

O que mudou em Palma com os investimentos no setor do gás?

Para dizer que temos mais ganhos, tivemos também apoios na área da educação o apetrechamento das escolas temos a única escola secundária do nosso distrito, o equipamento que nós recebemos a partir de carteiras da biblioteca, assim como, da sala de informática veio das empresas multinacionais que estão a operar no distrito.

Isto que estamos a falar agora é na fase da prospeção, aliás da construção para garantir que se construam as fábricas. Construíram também equipamento para produção de oxigénio na cidade de Pemba com base naquelas que são as empresas multi-nacionais que estão sediadas em Palma.

DW África: E quem financia esses serviços fundamentais para as comunidades?

DM: Aqui falamos de duas empresas que neste preciso momento já estão a dar a sua mão que é a Eni West África o que apetrechou o bloco operatório, construiu Casas mãe-sspera, apetrechou o bloco de análise e o laboratório, assim como de Raio X, construiu também algumas fontes para fornecimento de água a partir de furos que no entanto consegue abastecer pouco mais de 4 a 5 mil pessoas ao nível da sede do distrito. Enquanto que Anadarco deu um passo no equipamento informático da escola secundária e fornecimento de carteiras na mesma escola. Ainda na cidade de Pemba que o benefício foi de construir uma fábrica de produção de oxigénio que tem a capacidade de distribuir oxigénio em toda província e também fornece a toda as  províncias vizinhas isto foi a Eni West África de novo.