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Nova data de eleições na Guiné-Bissau ainda por decidir

Maria João Pinto / Lusa25 de outubro de 2013

A nova data para a realização das eleições guineenses deverá ser conhecida após consultas com forças vivas guineenses. Esperava-se que fosse marcada durante a cimeira dos líderes da CEDEAO que decorreu hoje no Senegal.

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Foto: picture-alliance/ dpa

No encontro dos líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) foi recomendado ao Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, que faça consultas no país e só depois determine uma nova data do escrutínio, segundo uma fonte da presidência guineense citada pela agência de notícias portuguesa Lusa.

De acordo com a mesma fonte, Nhamadjo deverá convocar o Conselho de Estado na próxima terça-feira, presidirá ao Conselho de ministros na quarta-feira e na quinta-feira iniciará as consultas com os partidos políticos.

“Nem o Presidente Nhamadjo, nem a CEDEAO avançaram com alternativas” para a nova data das eleições, disse à Lusa o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, que assistiu à cimeira da CEDEAO na capital senegalesa, Dacar.

O período de transição, em vigor na Guiné-Bissau desde o golpe militar de 12 de abril de 2012, deveria terminar antes do final deste ano, com a organização de eleições gerais, marcadas para 24 de novembro. No entanto, a pouco mais de um mês desta data, o recenseamento eleitoral ainda não tinha começado e o adiamento já era admitido por diferentes autoridades.

Timor-Leste apoia eleições guineenses

Entretanto, o Governo de Timor-Leste anunciou esta sexta-feira (25.10), em comunicado, a criação de uma Missão de Apoio ao Processo Eleitoral na Guiné-Bissau com um financiamento de seis milhões de dólares (cerca de 4,3 milhões de euros).

O apoio vai incidir sobretudo na fase de recenseamento eleitoral “que é crucial para resultados democráticos credíveis”, de acordo com o documento. O comunicado refere ainda que a Missão de Apoio ao Processo Eleitoral na Guiné-Bissau vai trabalhar em “estreita articulação” com o Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz naquele país, liderada pelo antigo chefe de Estado timorense José Ramos-Horta, e vai dar assistência ao Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral guineense, que vai integrar na equipa técnicos timorenses.

A missão timorense vai chegar a Bissau na próxima semana e vai permanecer no país por um período de quatro meses. Já no início de outubro, o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, realizou uma visita de trabalho à Guiné-Bissau para conhecer de perto as dificuldades existentes no país.

Jose Ramos Horta Präsident von Ost-Timor
José Ramos-Horta, representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-BissauFoto: picture-alliance/dpa

Apoio na luta contra terrorismo

Além da Guiné-Bissau, a situação no Mali e a ameaça de crise pós-eleitoral na Guiné-Conacri foram assuntos prioritários na cimeira da CEDEAO, embora a economia tenha figurado no topo da agenda do encontro, nomeadamente a questão da Tarifa Externa Comum.

A CEDEAO pediu à ONU e à comunidade internacional para continuarem a apoiar a região na luta contra o terrorismo, defendendo particularmente o apoio ao povo do Mali e à intensificação das ações contra os grupos criminosos que praticam a pirataria na região, sobretudo no golfo da Guiné.

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