MPLA: Eleições devem ser "expressão de democracia e coesão"
4 de fevereiro de 2022O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) considera que as próximas eleições gerais, previstas para a segunda quinzena de agosto, devem servir para a "expressão de ações de consolidação da paz, democracia, coesão e de reforço da cidadania participativa".
A declaração do partido no poder consta num comunicado em alusão ao 61º aniversário do Início da Luta de Libertação Nacional, celebrado hoje no país. A data é um feriado nacional, em homenagem aos nacionalistas angolanos que em 4 de fevereiro de 1961 atacaram cadeias e casas de reclusão, em Luanda, para libertar presos políticos do regime colonial português.
O partido no poder refere que, no espírito da libertação nacional, as eleições gerais, devem servir para a "preservação da unidade e da coesão nacionais e demais conquistas do povo, bem como o reforço da cidadania participativa, por uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva".
"Marco indelével" na história angolana
O Bureau Político do comité central do MPLA, no poder desde 1975, considera que este é "um marco indelével na história de resistência do povo angolano ao regime fascista português".
"Constituindo um símbolo de heroísmo e amor à pátria, cuja ação se inseriu nos anseios da população e na necessidade de se passar a formas de luta para o alcance da independência nacional, proclamada em 11 de novembro de 1975", lê-se na nota.
O MPLA rende "profunda homenagem aos heróis tombados" pela causa da independência nacional e os ainda vivos, "reafirmando o valor e importância histórica do 4 de Fevereiro, como o rastilho do longo processo de luta de libertação".
A necessidade de se "multiplicar o empenho e capacitação institucional" na implementação da política no domínio dos antigos combatentes e veteranos da pátria, implementando "programas que permitem o controlo efetivo dos associados, contribuindo para a melhoria das condições sociais", é defendida pelo MPLA.
"Eleições livres, justas e transparentes"
Por seu turno, o Governo angolano considerou que as eleições gerais serão organizadas para que sejam "livres, justas, transparentes e abrangentes" e que o que une o país "é superior às pequenas diferenças políticas".
"Estamos em pleno ano eleitoral, pois que, por força da Constituição, as eleições gerais serão realizadas em agosto do corrente ano, elas vão ser organizadas de tal modo para que sejam livres, justas, transparentes e abrangentes", afirmou hoje o ministro de Estado e Chefe de Casa Militar do Presidente angolano, Francisco Pereira Furtado.
O ato central das celebrações do 4 de Fevereiro está marcado para a cidade de Saurimo, capital da província angolana da Lunda Sul, e será presidido pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente angolano, Francisco Pereira Furtado.