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Moçambique: Profissionais de saúde vão regressar à greve

Lusa
25 de março de 2024

Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique acusa o Governo de incumprimento dos acordos alcançados nos últimos meses e, por isso, diz que vai regressar à greve nacional.

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Foto simbólica
Foto simbólicaFoto: Sitoi Lutxeque/DW

A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique anunciou no domingo (24.03) o regresso à greve nacional dos profissionais de saúde e acusou o Governo de incumprimento dos acordos alcançados após a suspensão de uma primeira paralisação em agosto de 2023.

"Vamos voltar à greve: houve falta de cumprimento dos acordos alcançados durante o processo negocial", avançou à agência de notícias Lusa Rossana Zunguze, porta-voz do Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM).

Em causa está uma negociação que esteve em curso em 2023 entre o Governo moçambicano e a APSUSM, uma associação que abrange cerca de 65.000 profissionais e que esteve em greve entre agosto e novembro de 2023, por melhores condições de trabalho no setor público.

"No período todo que se passou desde as negociações, o governo não cumpriu com o que estava acordado, em vários pontos", frisou a porta-voz da organização.

Data da greve ainda vai ser anunciada

A porta-voz da APSUSM prometeu revelar nesta segunda-feira (25.03) o período em que a nova greve nacional vai vigorar e detalhes sobre o modelo de protesto em conferência de imprensa, em Maputo.

O Sistema Nacional de Saúde moçambicano enfrentou em julho e agosto de 2023 uma crise provocada por greves de funcionários, convocadas, primeiro, pela Associação Médica de Moçambique (AMM) e depois pela Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), ambos interrompidos para dar espaço ao diálogo com o Governo.

Entre outros aspetos, no seu caderno reivindicativo, a APSUSM exigia que o Governo providenciasse medicamentos aos hospitais, que têm, em alguns casos, de ser adquiridos pelos pacientes, a aquisição de camas hospitalares, a resolução do problema da "falta de alimentação" nas unidades de saúde, bem como a necessidade de equipar ambulâncias com materiais de emergência para suporte rápido de vida ou de equipamentos de proteção individual não descartável, cuja falta vai "obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso".

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