1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Nyusi justifica atrasos salariais com implementação da TSU

Lusa
10 de agosto de 2023

Presidente moçambicano afirma que atrasos salariais na função pública resultam da entrada em vigor da Tabela Salarial Única (TSU), reiterando que não há problemas de fundos. Filipe Nyusi apela à "calma e paciência".

https://p.dw.com/p/4V16R
Chefe de Estado moçambicano, Filipe NyusiFoto: Jemal Countess/UPI/newscom/picture alliance

"Não há problemas de salários por causa de carência […] o momento de transição [para a TSU] por si só está a trazer estas descontinuidades que exigem paciência", observou esta quinta-feira (10.08) o chefe de Estado moçambicano, durante uma conferência de imprensa em Maputo, no final de uma reunião com o Presidente queniano, William Ruto, que visita Moçambique.

Filipe Nyusi assinalou que a transição para a nova tabela salarial foi um "mega elemento" que "mudou a vida das pessoas", pedindo a "suficiente calma" para que "paulatinamente o problema seja resolvido".

"Que não haja um esforço de degradar o sistema ou de aproveitamento. Tem de haver um ambiente onde as pessoas colaboram para a solução", acrescentou Filipe Nyusi, indicando que, apesar dos atrasos salariais, a nova tabela trouxe benefícios em alguns casos.

"Estava eu a falar com um cidadão ontem e que me dizia que havia médicos que recebiam 52 mil meticais [738 euros], mas agora estão acima de 100 mil meticais [pouco mais de mil euros]. Então, neste caso, quando se resolve um problema aparecem outros problemas", acrescentou.

Na segunda-feira, o Ministério da Economia e Finanças disse que os atrasos nos pagamentos de salários, sobretudo na polícia e no exército, devem-se a problemas de cadastro no novo sistema de pagamento.

Os militares e polícias "tinham um sistema de processamento de salários paralelo e foi decidido que eles tinham também de migrar para um processamento único do Estado", referiu, na altura, o diretor nacional de Contabilidade Pública, Manuel Matavel.

De acordo com Matavel, 94% do efetivo do Ministério do Interior foi cadastrado, 97% dos quais já tiveram o salário de junho, e no Ministério da Defesa foram cadastrados 95% dos funcionários, 94% dos quais também recebeu o salário.

Moçambique: O que esperar da nova revisão da TSU?