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Moçambique: Aumentam casos de malária em Inhambane

16 de fevereiro de 2018

As autoridades de saúde pedem à população de Inhambane, no sul do país, para usarem corretamente as redes mosquiteiras e tratarem a doença até ao fim, para evitar mortes.

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Pacientes aguardam pelo atendimento numa unidade hospitalar em InhambaneFoto: DW/L. da Conceicao

O aumento dos casos de malária está a preocupar as autoridades moçambicanas. Só no mês passado, na província de Inhambane, no sul do país, foram diagnosticados mais de 59 mil casos, contra 43 mil em janeiro de 2017.

Ângela Joana, uma residente na cidade de Maxixe, disse à DW África que está preocupada, porque o filho começou a ficar com febre. Ela acha que é malária e conta: "Venho da escolinha do miúdo, fui buscá-lo porque está com sintomas de malária. Estou a levá-lo para o hospital para saber o diagnóstico."

Mosambik Inhambane Dinis Luís
Dinis Luís, chefe do departamento de saúde em InhambaneFoto: DW/L. da Conceicao

Alzira Ernesto é outra citadina que calcula que tenha apanhado a doença por não ter usado devidamente a rede mosquiteira: "Costumo dormir às 20 ou 21 horas. Para não apanhar malária é preciso esticar a rede mosquiteira."

Redes mosquiteiras são a salvação

Dinis Luís, chefe do departamento de Saúde Pública em Inhambane, diz que é urgente que as populações usem corretamente as redes mosquiteiras, para prevenir a doença.

"Estamos no período chuvoso. Há muitos mosquitos, causadores de malária. Acreditamos que, neste momento, todas comunidades dispõem de meios de prevenção da malária - estamos a falar de redes mosquiteiras", alerta Dinis Luís.

Moçambique: Aumentam casos de malária

Em novembro, o Governo central e os parceiros distribuíram gratuitamente cerca de 875 mil redes mosquiteiras a todas famílias em Inhambane, uma das províncias moçambicanas mais afetadas pela doença.

Tratamento completo  é importante

Dinis Luís, do departamento de Saúde Pública em Inhambane, apela às populações para estarem atentas, e recorrerem a não só um, mas a vários métodos de prevenção da malária. Por exemplo, usando corretamente as redes mosquiteiras ou vestindo roupa comprida à noite. Além disso, é preciso tratar a doença até ao fim.

"Há uma necessidade das comunidades fazerem combinações de métodos para a redução da transmissão da malária. Uma pessoa que faz o tratamento correto com dose certa até ficar curada constitui uma das estratégias para a prevenção da malária", garante Dinis Luís.

No ano passado, três pessoas morreram na província de Inhambane, vítimas de malária. Esta é uma das doenças que mais mata no país. Em 2016, quase 2.500 pessoas morreram com malária em Moçambique, num total de 7,5 milhões de diagnósticos.

A tendência em 2017 foi de aumento, de acordo com um relatório da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC). Só no primeiro semestre do ano passado foram registados quase seis milhões de casos de malária.

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