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Maratona eleitoral em África

Sofia Diogo Mateus/AFP/Reuters21 de março de 2016

Seis países africanos foram a votos: Benim, Cabo Verde, Congo-Brazzaville, Níger, Senegal e Zanzibar, este domingo (20.03). Nem todas as votações decorreram de forma pacífica.

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Apoiantes de Patrice Talon, o opositor que venceu as presidenciais no BenimFoto: Reuters/C. P. Tossou

Enquanto os eleitores do Benim e de Cabo Verde foram às urnas de forma tranquila, no Congo-Brazzaville as eleições presidenciais de domingo foram marcadas por cortes nas comunicações e manifestações da oposição.

No Níger, a oposição critica a segunda volta das presidenciais. Em Zanzibar, a oposição boicotou a repetição das eleições e no Senegal a população votou num referendo sobre a redução dos mandatos presidenciais.

Níger

Depois de, na primeira volta (21.02), o Presidente cessante, Mahamadou Issoufou, ter vencido com 49% dos votos, o principal partido da oposição, o Movimento Democrático Nigerino (MDN), anunciou a desistência de Hama Amadou na corrida à presidência (08.03), causando um impasse acerca da realização da segunda volta. Mas a 11 de março, o advogado do candidato da oposição, preso desde novembro, anunciou que Amadou iria participar na segunda volta, no domingo. Amadou não esteve presente no Níger durante o escrutínio, pois teve de ser levado para Paris, por questões de saúde.

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A primeira volta das eleições no Níger foi a 21 de fevereiroFoto: picture alliance/abaca/AA

Os resultados oficiais ainda não foram publicados, mas tudo indica que Issoufou deverá ser reeleito.

Em declarações à DW, Mahamadou Issoufou disse que, ganhe quem ganhar, o importante é unir o país. "O Níger tem desafios importantes pela frente, especialmente a questão da segurança", afirmou.

Já a Coligação para a Alternância Política no Níger (COPA-2016) sublinha que "o povo nigerino rejeitou massivamente esta encenação de eleição", referindo-se à fraca afluência às urnas.

Benim

No Benim, a segunda volta das eleições presidenciais decorreu calmamente, com ambos os candidatos a elogiarem o processo eleitoral.

Lionel Zinsou, primeiro-ministro e candidato do Forças Caurins para um Benim Emergente (FCBE, partido no poder), felicitou o seu opositor, o empresário Patrice Talon, que venceu a segunda volta com 65% dos votos.

Congo-Brazzaville

Na República do Congo, a véspera das eleições foi marcada pela decisão das autoridades em cortar todas as telecomunicações no país durante 48 horas no domingo e na segunda-feira (20 e 21 de março), por "razões de segurança e de segurança nacional", de modo a evitar que a oposição publicasse "resultados ilegais".

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No Congo, as eleições foram marcadas por um corte de 48h nas telecomunicaçõesFoto: Getty Images/AFP/M. Longari

De acordo com agências noticiosas, a polícia usou gás lacrimogénio para dispersar cerca de 200 manifestantes da oposição na capital Brazzaville, no que parece ter sido um acidente isolado.

Os membros da oposição Guy-Brice Parfait Kolélas, Jean-Marie Michel Mokoko, Claudine Munari, André Okombi e Pascal Tsaty Mabiala criaram uma comissão eleitoral paralela para monitorar os resultados, por falta de confiança na Comissão Eleitoral oficial.

O Presidente Denis Sassou Nguesso, há 32 anos no poder, voltou a candidatar-se depois de a Constituição ser alterada para o permitir.

Zanzibar

Em Zanzibar, os partidos da oposição boicotaram a repetição do escrutínio de outubro, anulado devido a uma alegada fraude.

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Zanzibar repetiu eleições e Ali Mohammed Shein saiu vitoriosoFoto: Getty Images/AFP/D. Hayduk

"Estamos felizes por a população ter apoiado o nosso boicote a esta eleição ilegal", afirmou Nassor Mazrui, vice secretário-geral da Frente Cívica Unida, à DW. "Não aceitaremos quaisquer resultados deste escrutínio, mas continuaremos a lutar por uma verdadeira democracia e por um estado de direito no nosso país."

Ali Mohammed Shein, candidato presidencial do Chama Cha Mapidunzi (CCM, partido no poder), venceu a repetição das eleições, com 91,4% dos votos.

Senegal

Neste domingo (20.03), os senegaleses também foram às urnas para votar num referendo para reduzir os mandatos presidenciais de sete para cinco anos.

Resultados parciais publicados esta segunda-feira (21.03) na imprensa do Senegal davam a vitória ao "sim". Os resultados oficiais deverão ser publicados esta sexta-feira.

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