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Manifestação apela ao fim da violência em Moçambique

Glória Sousa / Lusa22 de junho de 2013

Centenas de pessoas manifestaram-se, este sábado (22.06), em Maputo, exigindo o fim da violência no país, que já causou a morte de três pessoas. A circulação no centro de Moçambique foi restabelecida.

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Maputo, Moçambique
Maputo, MoçambiqueFoto: picture-alliance/dpa

Mostrando dísticos com frases, os manifestantes apelaram ao retorno à normalidade no país. No protesto participaram, entre outras pessoas, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, líderes religiosos e dirigentes da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), o partido no poder, como o seu secretário-geral, Filipe Paúnde.

Filipe Paúnde disse "não ser admissível que, num país democrático e com 20 anos de paz", se registe o atual clima de violência e que “não se pode admitir que se tire a vida dos cidadãos”.

A manifestação foi convocada pela própria FRELIMO, na sequência dos ataques, de sexta-feira (21.06), que causaram a morte de três pessoas, segundo a agência Lusa. Os ataques ocorreram contra viaturas que circulavam no troço rodoviário entre o Rio Save e a região de Muxúngué, nos distritos de Chibabava e Machanga, na província central de Sofala.

RENAMO diz que detenção de dirigente é ilegal

O porta-voz da polícia moçambicana, Pedro Cossa, já veio a público responsabilizar a RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana) pelos ataques.E Jerónimo Malagueta, chefe do Departamento de Informação do principal partido da oposição, foi detido.

A polícia relaciona os ataques com a ameaça anunciada por Jerónimo Malagueta, na quarta-feira (19.06), de impedir a circulação na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúngué-Save, e na Linha Férrea de Sena.

Entretanto, António Muchanga, dirigente da RENAMO, já acusou a polícia de ter detido ilegalmente o Jerónimo Malagueta, que continua preso numa esquadra de Maputo. 

Circulação volta à normalidade

A RENAMO justificou a ameaça de impedir a circulação de pessoas e bens no troço Muxúngué-Save e na Linha Férrea de Sena com a necessidade de alargar o perímetro de segurança do presidente do partido, Afonso Dhlakama, que se encontra aquartelado na Gorongosa.

A circulação no centro de Moçambique já foi restabelecida sob fortes medidas de segurança. As viaturas que seguem para o centro e norte são perfiladas no Rio Save. As que se dirigem para sul ficam perfiladas em Muxúngué e depois são escoltadas em coluna, de acordo com a agência Lusa.

Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, está aquartelado na Gorongosa
Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, está aquartelado na GorongosaFoto: Gerald Henzinger
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