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Mais de 9 mil menores refugiados em Angola precisam de ajuda

Lusa | gs
3 de junho de 2017

Desde abril, cerca de 25 mil congoleses já chegaram a Angola, fungindo da violência na província de Kasai, República Democrática do Congo.

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Crianças no centro de acolhimento de refugiados de Mussungue, Dundo, AngolaFoto: UNICEF Angola/2017/M. Gonzalez

Nesta vaga de refugiados congoleses contaram-se mais de nove mil crianças acolhidas em dois centros de Dundo, no norte de Angola, que precisam de "apoio urgente", alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).  Muitos menores ficaram feridos devido aos disparos ou assistiram a ataques violentos.

Cerca de 200 crianças chegaram aos campos de acolhimento sem a companhia dos pais ou de um adulto. Estão sob a alçada da UNICEF, que as registou de forma a evitar o tráfico, abuso ou exploração. "Reunir estas crianças com as suas famílias é a prioridade", afirmou o representante da UNICEF em Angola, Abubacar Sultan.

A UNICEF garante que, juntamente com as autoridades e outros parceiros, está a providenciar assistência às crianças e suas famílias que chegam aos centros de acolhimento temporário, depois de dias, ou muitas vezes semanas, de caminhada.

UNICEF Angola - Flüchtlingskrise
Todos os dias centenas de congoleses chegam ao centro de acolhimento de Cacanda, Dundo, na província angolana da Lunda NorteFoto: UNICEF Angola/2017/M. Gonzalez

Autoridades pedem apoio à UNICEF

"A proteção das crianças, nutrição e acesso a água potável segura e instalações sanitárias, bem como a prevenção de doenças, têm sido as principais preocupações e ações da UNICEF desde a chegada destes refugiados à Lunda Norte", garantiu o representante da UNICEF em Angola, Abubacar Sultan.

Face ao apelo do Governo angolano, a UNICEF tem fornecido às autoridades provinciais da Lunda Norte materiais para apoiar as famílias acolhidas nos dois centros de Dundo, nomeadamente materiais de tratamento e purificação de água, "kits" de reintegração familiar, educacionais e de recreação, medicamentos contra a malária e doenças diarreicas, tendas, cobertores, bem como cartazes e folhetos de prevenção de doenças.

Desde setembro de 2016 que a região de Kasai, na República Democrática do Congo, é abalada pela rebelião de Kamwina Nsapu, nome do chefe tribal morto em agosto daquele ano, durante uma operação militar, depois de se ter revoltado contra as autoridades de Kinshasa. Segundo as Nações Unidas, a violência causou mais de 400 mortos e 1.3 milhões de deslocados.

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