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"Lei anti-gay" é o tema africano de destaque na imprensa alemã

Marcio Pessôa28 de fevereiro de 2014

Medida do governo ugandês deve repercutir ainda mais na Europa. Os atentados na Somália e a crise na República Centro-Africana também tiveram espaço na imprensa ao longo da semana.

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Foto: Fotolia

O Süddeutsche Zeitung destacou nesta semana o prolongamento da missão miliatar francesa na República Centro-Africana. A votação contou com 428 votos a favor e 14 contra. Mesmo assim, entre os governistas e a oposição, muitos parlamentares têm dúvidas se a violência entre cristãos e muçulmanos pode ser controlada pelos soldados franceses.

Paris ainda se sente sozinha na região e espera um maior engajamento da União Européia na questão. Também quer o apoio de 10 mil capacetes azuis da ONU para ajudar na missão.

A crise na República Centro-Africana também foi tratada sob outra perspectiva pelo Die Tageszeitung. O texto de Simone Schlindwein fala sobre a situação dos refugiados para a República Democrática do Congo que chegam a 60 mil.

Também destaca que os preços dos alimentos crescem diariamente em uma região seca com abastecimento de água bastante escasso. A matéria foi produzida contando as dificuldades na região de Zongo.

O Süddeutsche Zeitung também destacou os desafios dos países da África Austral para acabar com a tuberculose. A matéria intitulada "Búzios e Comprimidos", de Gabi Mayr, ressalta que a região necessita da cooperação entre médicos tradicionais e convencionais para o combate doença. No entanto, sublinha que a indústria farmacêutica deveria investir mais na pesquisa de antibióticos, "mas isto parece tudo menos atrativo", escreve Mayr.

Ameaça na Somália

O Neue Zürcher Zeitung trouxe na semana a matéria do correspondente Markus Haefliger, diretamente de Mogadiscio, com o título "Governar com tentativas e erros". O texto analisa que, após um ano e meio de governo com a boa vontade do Ocidente, o presidente Hassan Sheikh Mohamud enfrenta o retorno da atividade terrorista e velhos problemas da Somália em crise. Mohamud pede compreensão.

O Der Freitag publicou uma matéria também relacionada à Somália com o título "Mulheres tem papel importante nas guerras".

Somalia Anschlag Präsidentenpalast 21.02.2014
Atentado ao palácio presidencial em MogadiscioFoto: picture alliance/AP Photo

Trata-se da entrevista da escritora Nadifa Mohamed, que usa a trajetória da sua família para contar um outro lado da história somali.

A escritora foi com quatro anos com seus país para a Grã-Bretanha. Concedeu entrevista ao jornal em um hotel em Berlim após longa divulgação de seu livro nos Estados Unidos.

Lei anti-gay

O Neues Deutschland destacou a lei anti-gay no Uganda. A matéria intitulada "Dia difícil para o Uganda", sublinhando que a livre orientação sexual tem base legal no país. O jornal lembra que, paralelamente a campanha aberta do governo contra os homossexuais, a confidencialidade nas conversas com equipes médicas permanecem asseguradas.

O texto conta que já em 2010 o jornal ugandês Rolling Stone publicava as fotos de 100 homossexuais e apelava para que a população apoiasse uma perseguição. A revista foi suspensa após processo na Suprema Corte. No entanto, para David Kato, um dos ativistas listados, a medida foi atrasada. Ele foi assassinado a marteladas.

O mesmo jornal publicou a matéria "Embaixador de coisa nenhuma", que apresenta o coletivo Tuareg "Tinariwen", que procura minimizar os estereótipos dos músicos da periferia no país.

A matéria ressalta o papel clichê dos artistas da periferia como embaixadores de áreas excluídas em todo o mundo. O texto destaca, no entanto, que o "Tinariwen" apesar de ser caracterizado por isto, vai na contramão desta ideia tocando Rock e Blues.

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Uganda Homosexuelle Magazin Red Pepper
"Lei anti-gay": Imprensa tem papel na importante na discussão do temaFoto: picture-alliance/dpa