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Laurent Gbagbo preso na Costa do Marfim

11 de abril de 2011

O presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi detido pelas forças do presidente eleito, Alassane Ouattara, e conduzido ao "Hotel do Golf", o quartel-general de Ouattara, em Abidjan.

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Laurent Gbagbo quando foi preso no "bunker" da sua residência em AbidjanFoto: dapd

A notícia da prisão do presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, suscitou imediatamente uma vaga de reações à escala internacional.

Na Alemanha, o chefe da diplomacia alemã saudou a prisão de Laurent Gbagbo. "Com isso, esperamos que a guerra civil encontre agora um fim rápido", disse Guido Westerwelle, em Berlim. "O país tem agora uma verdadeira chance para um novo arranque pacífico e democrático". A Alemanha está pronta a ajudar o país neste novo arranque. Guido Westerwelle, também lançou um apelo ao presidente eleito Alassane Ouattara para que "impeça qualquer ato de violência ou de vingança".

Reações internacionais

Para o Presidente do Parlamento Europeu, "a prioridade deve ser agora trabalhar para a reconciliação nacional, incluindo no seio das forças armada". Jerzy Buzek desejou igualmente que os autores de crimes contra os civis sejam "levados à justiça". A crise "teria sido evitada se Laurent Gbagbo tivesse aceite a vontade do seu próprio povo,livremente expresso nas urnas", sublinhou.

Os marfinenses "sofreram durante muito tempo com os atos irresponsáveis da sua classe política. Eles merecem agora ver as suas aspirações satisfeitas – aspirações à uma paz duradoura e ao desenvolvimento de instituições democráticas sólidas", foram as palavras de Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu.

Em Washington, a Secretária de Estado Hillary Clinton, qualificou a captura de Laurent Gbagbo de "sinal aos ditadores e tiranos em todo o mundo: eles não podem ignorar mais os resultados das eleições livres e justas e o fato de que terão consequências se permanecerem ilegalmente no poder".

Na Grã-Bretanha, o chefe da diplomacia britânica, William Hague, declarou numa conferencia de imprensa, em Londres, que Laurent Gbagbo "se comportou nos últimos meses de maneira contrária a todos os princípios democráticos e espezinhou de forma flagrante o Estado de direito".

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Alassane Ouattara, presidente da Costa do MarfimFoto: AP

O Senegal saúda a prisão de Gbagbo

Em Dacar, o porta-voz do presidente do Senegal, Abdoulay Wade afirmou que a Costa do Marfim sai finalmente da situação difícil em que foi mergulhada por Laurent Gbagbo: "O importante agora é trabalhar para a reconciliação de todos os marfinenses. Desejamos que a Costa do Marfim, que é a locomotiva da África Ocidental, reencontre a paz", disse o ministro e porta-voz do Senegal, Serigne Mbacké Ndiaye. "Não duvidamos que Alassane Ouattara esteja à altura dos desafios que agora se apresentam".

De acrescentar que a organização de defesa dos Direitos do Homem "Human Rights Watch", Laurent Gbagbo "não deveria beneficiar de um exílio dourado" no estrangeiro, algo que o afastaria de qualquer processo por "crimes contra a humanidade e outras atrocidades por ele cometidos", asseguram os defensores dos direitos humanos.

Autor: António Rocha (com agencias AFP/Lusa/DPA)

Revisão: Carlos Martins

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