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Jornalistas dizem não ao suborno

6 de junho de 2011

Foi adotado em STP um código de conduta eleitoral para a comunicação social. Ele prevê sanções para jornalistas que aceitarem suborno de partidos politicos, bem como os órgãos que desviarem a sua linha editorial.

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Bandeira de São Tomé e Príncipe

O desempenho dos jornalistas são-tomenses assim como dos órgãos a que pertencem estarão à prova durante as eleições presidenciais. Através do apoio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), foi criado um gabinete de Monitorização e Avaliação da Actividade e Desempenho dos jornalistas.

O código de conduta eleitoral aprovado pelos profissionais de rádio, televisão e imprensa escrita, sanciona o jornalista que através de texto, voz imagem promova propaganda política a favor de um candidato durante os quinze dias de campanha eleitoral. O documento aprovado, não reúne consenso, Alfredo Medeiros secretário-geral do sindicato dos jornalistas de São Tomé não subscreve, uma das disposições que proíbe os operadores de câmara e fotógrafos de se aproximarem dos candidatos:

"Se nós vamos fazer uma reportagem a cerca de um candidato, temos que relatar fatos reais em relação a sua pessoa. E por outro lado o jornalista não tem uma situação financeira saudável em São Tomé e Príncipe e este código vem criar uma filosofia de fazer com que o jornalista não seja manipulado, eu penso que isso é só bluff. Se o sindicato não está organizado nós não temos o código deontológico e nem carteira profissional legalizados, quer dizer que o jornalista pode fazer o que quiser.

Contra o aliciamento

A campanha arranca oficialmente em São Tomé e Príncipe, no dia 1 de Julho e termina no dia 15 do mesmo mês. O código de conduta eleitoral, já esta a ser divulgado em todos os órgãos de comunicação social. Máximo Carlos, jornalista e director da Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe, defende a criação do código de conduta eleitoral para imprensa.

"O cenário de dificuldades que os próprios jornalista tem, porque é uma classe que aufere baixos salários então eles são expostos ao aliciamento por parte de alguns políticos. E acredito que com este dispositivo se cumpra com a criação do tal gabinete que vai fazer a monitorização da sua implementação, acho que estão criadas as condições para que o jornalista são tomense venha a fazer um trabalho imparcial e profissional."

Observadores políticos estimam que estas eleições serão renhidas; mais de uma dezena de candidatos manifestaram a intenção de concorrer, mas ate agora apenas três oficializaram este desejo. O apoio das Nações Unidas no regulamento das actividades dos jornalistas são tomense durante este período é visto também vital para o processo reforço da democracia em São Tomé e Príncipe, ela inscreve-se no âmbito do programa de apoio ao círculo eleitoral financiado pelo PNUD.

Autor: Ramusel Graça
Revisão: Nádia Issufo/Renate Krieger