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PolíticaSão Tomé e Príncipe

Governo são-tomense exonera cerca de 20 gestores públicos

Lusa
14 de janeiro de 2023

Governo de São Tomé e Príncipe substitui cerca de 20 responsáveis de instituições do Estado, incluindo a Agência do Petróleo e a Polícia. Conselho de Ministros constata que situação do país "continua preocupante".

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Sao Tomé und  Príncipe ANP-STP Erdölagentur
Foto: DW/R. Graça

O Governo são-tomense exonerou cerca de 20 responsáveis de instituições do Estado, incluindo a Agência Nacional do Petróleo, Polícia Nacional e Hospital Central, segundo um comunicado do Conselho de Ministros, que indica os novos dirigentes.

Segundo comunicado assinado pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Gareth Guadalupe, o Conselho de Ministros "validou a exoneração do diretor-executivo" da Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe, Luiz Gamboa, sob proposta do Conselho de Administração, e nomeou para o cargo Álvaro da Costa Varela da Silva, até agora assessor jurídico do Presidente da República. 

A nota, divulgada esta noite, refere que as outras exonerações e nomeações foram transmitidas ao Conselho de Ministros, que esteve reunido na quarta-feira, pelos ministros responsáveis pelos diversos setores da administração pública.

O comunicado refere que "foi dada por fim a comissão de serviço da estrutura de comando da Polícia Nacional", com a exoneração do superintendente Roldão Dias Boa Morte do cargo de comandante-geral da Polícia Nacional e o intendente Álvaro Nunes do Sacramento de Oliveira do cargo de Inspetor-geral.

Para os seus lugares foram nomeados o superintendente Adulcino de Ceita Tavares Daniel para o cargo de comandante-geral da Polícia Nacional e a subintendente Tereza Maria da Cruz Santiago para o cargo de Inspetora-geral da Polícia Nacional. O segundo comandante-geral da Polícia Nacional, superintendente Aurito Vera Cruz, foi reconduzido.

A diretora do Serviço de Migração e Fronteiras (SMF), superintendente Lizete Maria Aguiar Fernandes Benguela, foi exonerada e para o seu lugar nomeado o superintendente Gilberto Judiliher da Silva Ferreira, enquanto o diretor da Unidade da Polícia Fiscal Aduaneira superintendente Carlos do Sacramento José foi substituído por Cupertino Martins do Rosário.

Portugal Gesundheitsministerium von São Tomé und Príncipe
Ministério da Saúde de São Tomé e PríncipeFoto: João Carlos/DW

No Ministério do Planeamento, Finanças e Economia Azul foram substituídos o diretor-geral das Alfândegas, o diretor da Agência de Promoção de Comércio e Investimentos (APCI), o diretor dos Impostos, o diretor de Contabilidade, o diretor do Património do Estado, o diretor da Direção de Regulação e Controlo das Atividades Económicas (DRCAE).

No Ministério da Saúde, Trabalho e dos Assuntos Sociais foram substituídos a diretora-geral do Hospital Central Ayres de Menezes e o administrador do mesmo hospital, bem como a diretora-executiva e o administrador do Fundo Nacional de Medicamentos.

No Ministério dos Direitos da Mulher, foi substituída a diretora do Instituto Nacional para Promoção da Igualdade e Equidade do Género (INPG), Ernestina Menezes Neves, e para o seu lugar foi nomeada, Alda Quaresma da Costa Assunção dos Ramos.

Medidas nas próximas semanas para viabilizar OGE

Além das substituições nas instituições públicas, o Conselho de Ministros constatou que a situação interna do país "continua preocupante do ponto de vista financeiro e do funcionamento administrativo", tendo analisado o "pacote de medidas a serem tomadas nas próximas semanas com vista a viabilização do próximo orçamento geral do Estado e as próximas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI)".

O Conselho de Ministros analisou também os passos que estão a ser dados nos preparativos para elaboração do "Orçamento de Estado e que deverá ser apresentado no decorrer do mês de março".

"No que diz respeito à situação internacional, o Conselho de Ministros considerou de muito grave os ataques contra as instituições legítimas e eleitas democraticamente no Brasil e reitera solidariedade do Governo de São Tomé e Príncipe para com o Governo e povo brasileiro", lê-se no comunicado do executivo são-tomense, sobre o ataque ocorrido no passado domingo em Brasília às sedes dos três poderes por apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro que recusam a eleição de Lula da Silva como Presidente.

Em relação à preparação para cimeira da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), prevista para julho em São Tomé, o Governo refere que "apesar das dificuldades financeiras, o Conselho [de Ministros] orientou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades no sentido de dar início e sem mais demoras aos preparativos para sucesso da dita cimeira".

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