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Google vai lançar Street View no Botswana

8 de março de 2012

Para expandir a presença no continente africano, a empresa informática Google quer implementar o serviço de visualização de paisagens, autoestradas e ruas no Botswana. Um dos objetivos é atrair mais turistas para o país.

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A ferramenta Google Street View poderá em breve estar presente em vários países africanos
A ferramenta Google Street View poderá em breve estar presente em vários países africanosFoto: picture-alliance/dpa

O Street View é um mapa na internet com fotos tiradas de estradas e ruas em cidades e diferentes sítios. A ferramenta oferece aos seus usuários uma viagem virtual por um número crescente de países. Em 2010, a África do Sul foi incluída no Street View como primeiro país africano.

No final deste ano, o Botswana deverá se tornar o segundo país a ter presença virtual no Google Street View. Em entrevista concedida à DW África, Julie Taylor, chefe do departamento de comunicação e relações públicas da divisão da África Subsaariana do Google, explica as intenções da gigante de internet de alargar os seus serviços ao Botswana.

Uma ferramenta para desenvolver o turismo

O Botswana é conhecido por paisagens naturais, como esta do parque nacional de Chobe
O Botswana é conhecido por paisagens naturais, como esta do parque nacional de ChobeFoto: picture alliance/dpa

Atualmente, segundo Taylor, com a ferramenta Street View, é possível verificar onde fica localizado um hotel ou um restaurante e ver como são as imediações, se existem vagas para estacionar, se o lugar é bonito e se vale a pena ser visitado.

A relações públicas do Google avalia que esses serviços podem ser práticos para turistas - e é assim que o Street View abre novas oportunidades para negócios: “É uma ferramenta grátis para empresas e organizações de turismo com a qual se pode mostrar o que o Botswana tem para oferecer, não só para pessoas do próprio país, mas para o mundo inteiro”, diz Julie Taylor.

“Esperamos que - mostrando as belezas e características do país - isso possa ajudar a atrair mais turistas e desenvolver a economia.” No Botswana, o turismo representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Acordo com o governo sobre privacidade e segurança

Antes de poder iniciar o projeto do Street View no Botswana, o Google teve de entrar em acordo com o governo do país, discutindo preocupações concernentes à privacidade e segurança.

"As perguntas não foram muito diferentes que em outros países”, relata Taylor. “Claro que as pessoas querem saber se alguém que esteja andando na rua no momento da fotografia, vai ser identificável. Ou se a placa de um carro vai ser legível. Explicamos que temos tecnologias sofisticadas que automaticamente identificam rostos e placas de automóveis e podem desfocá-las antes de serem publicadas. Respeitamos a privacidade das pessoas", explica a responsável.

O Google quer investir na formação de engenheiros de internet na África
O Google quer investir na formação de engenheiros de internet na ÁfricaFoto: picture alliance/Godong

Se existe uma foto no Street View com a qual alguém se sente desconfortável, esta pode ser removida do site. “Dentro do Street View existe um link chamado 'informar um problema' em que se pode clicar para ter a imagem apagada”, acrescenta Taylor.

Expansão do Street View para outros países africanos

Quanto aos planos de expansão do Street View para outros países africanos, Julie Taylor afirma que “seria maravilhoso. Mas por ser um projeto enorme, precisamos progredir passo a passo.” No momento, Google ainda está colecionando imagens da África do Sul e começando tirar fotos do Botswana.

Em relação a outros investimentos no sector de tecnologias de comunicação e informação, Taylor afirma que o Google está envolvido em várias iniciativas por toda a África.

Trata-se, por exemplo, de expandir o acesso à internet e fazer com que ela se torne mais relevante no cotidiano das pessoas. “Estamos também querendo apoiar a formação de engenheiros da web cooperando com algumas universidades. Atualmente estamos a estudar as possibilidades em seis ou sete países africanos.”

Autores: Chrispin Mwakideu / Julia Wegenast
Edição: Renate Krieger