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FRELIMO acusa RENAMO da morte de dois líderes político

Bernardo Jequete13 de setembro de 2016

Em Nhachato, província de Manica, foram mortos dois dirigentes da FRELIMO. A polícia local atribui a responsabilidade a homens armados da RENAMO, que enjeita qualquer culpa.

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Foto: DW/A. Sebastiao

Dois membros do partido FRELIMO no povoado de Nhachato, província de Manica, no centro de Moçambique foram mortos na semana passada nas respectivas residências na presença dos seus familiares.

As vítimas são Jacobo Filipe Matabeia de 38 anos de idade e Tomás Nglishe Sigauque de 42 anos, residentes no mesmo povoado. A porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique em Manica, Elsidia Filipe, atribuiu a acção a homens armados da RENAMO.

Apurar responsabilidades

A porta-voz explicou a DW África que quatro homens munidos de armas de fogo do tipo AKM se dirigiram às residências onde a primeira vítima foi morta com recurso a uma pedra e a segunda a paulada.#"Posteriormente quando os familiares do primeiro finado pretendiam socorrer, os bandidos armados efetuaram um disparo ao ar como forma de impedir a tal pretensão. Pela descrição dada relativamente a estes bandidos armados há fortes suspeitas que tenham sido os mesmos que assassinaram no mesmo dia o outro cidadão ao nível do mesmo distrito" sublinhou a porta-voz.

Mosambik Elsidia Filipe in Manica
Elsidia Filipe porta-voz da polícia de ManicaFoto: DW/B. Jequete

" Diligências estão em curso com vista a neutralização destes homens armados.As Forças de Defesa e Segurança já estão no terreno para a captura dos mentores", acrescentou a porta-voz em Manica.

Deturpação de informação

A DW África abordou nesta terça-feira (13.09) Sofrimento Furai Matequenha, delegado político provincial do maior partido da oposição em Moçambique, RENAMO, que disse que questões políticas tem suas vias, pois o partido no poder (FRELIMO) deturpa as informações, usando muito vezes as redes sociais como arma principal para desviar as atenções.

"Nós como não temos este poder de usar os jornalistas para veicular informações e falar a verdade, tudo acaba caindo para o nosso lado. Nós fomos sempre verdadeiros, e não gostamos de usar informações que não correspondem à verdade. Falar sobre os ataques é difícil porque se trata de um ramo militar a que não pertenço. Eu sou do ramo político" explicou o delegado político provincial da RENAMO em Manica.

Verlassene Häuser in Manica Mozambik
Local de residência abandonado após violência em ManicaFoto: DW/B. Jequete

Sofrimento Matequenha desmente as ações que estão sendo atribuídas ao seu partido tendo acrescentado que diariamente as Forças de Defesa e Segurança queimam as casas das populações e não sai na imprensa. "Tudo o que está a acontecer em Mossorize são atos das Forças de Defesa e Segurança. Até as FDS desmontaram as moagens da população, em Magu, Garagwa e Mucarati. Será que a população tem culpa por votar a RENAMO?"

Nos últimos dias os dois partidos têm se acusado de raptos, assassinatos e ataques. Na província de Manica são três distritos que estão na eminência dos ataques, assassinatos, raptos e outros actos dos homens armados nomeadamente, Mossorize, Manica e Báruè.

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