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Cidade do Cabo acolhe 22.ª Semana do Petróleo de África 2015

Bram Vermeulen / Cristiane Vieira Teixeira28 de outubro de 2015

Representantes de países africanos entre eles de Angola e Moçambique participam até a próxima sexta-feira (30.10) na 22.ª Semana do Petróleo de África, que ocorre na Cidade do Cabo, na África do Sul.

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Cidade do Cabo na África do SulFoto: Henner Frankenfeld

Grandes líderes da indústria africana do petróleo estão reunidos na Cidade do Cabo, na África do Sul, desde a passada segunda-feira (26.10) e até sexta-feira (30.10) para discutir a crise em curso no setor. A queda dos preços do petróleo não está apenas causando destruição, mas pode ser também benéfica para o continente, defendem os especialistas.

Mesmo nos últimos anos, enquanto as economias da Europa e dos Estados Unidos caíram, muitas economias africanas registraram crescimento de dois dígitos. Todo este crescimento estava baseado na riqueza mineral do continente que possui não apenas grandes reservas de platina, ouro ou cobre, mas também um décimo das reservas de petróleo do mundo.

Muitas economias africanas em apuros
Agora que os preços do petróleo caíram em mais de 50%, muitas economias africanas estão em apuros, como explicou o especialista em petróleo Duncan Clarke.

"Acho que a indústria está sob um choque global. Todos os países que estão produzindo, mesmo os países que não estão, que são fronteiras, que são destinos de exploração do petróleo, vão ver menos capital entrar. ''

Angola é um dos maiores produtores de petróleo de África e tem sido duramente atingida pela crise. O Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu para apenas 3%, abaixo do crescimento médio anual de 11,1% desde o fim da guerra civil em 2002. Os investimentos em infra-estrutura foram suspensos, muitos perderam seus empregos e os subsídios aos combustíveis foram cortados.

Também a maior economia e maior produtor de petróleo de África, a Nigéria, parece ter ainda mais problemas. Logo após as eleições que levaram o presidente Muhammadu Buhari ao poder em abril, o país chegou a um impasse. As receitas do governo devem cair em 40%.

Baixa no preço do petróleo tem também lado positivo
No entanto, a queda dos preços do petróleo pode ter seu lado positivo, defende Ese Avanoma, diretor-gerente da Brade Consulting, em Lagos.

“Há menos corrupção, porque não há dinheiro. O pouco que temos está apenas disponível para cuidar das coisas básicas."

Quase 90% dos países africanos estão agora a explorar hidrocarbonetos. A queda global será ainda mais dura para eles. Os investidores não estão dispostos a assumir riscos em meio à turbulência global, diz o especialista Duncan Clarke.

“As projeções feitas no passado foram pessimistas. Ainda há crescimento e ainda há oportunidade. Penso que os países que se ajustarem rapidamente fazerão melhor.''

As economias africanas estão fazendo exatamente isso. Muitos países estão diversificando.No entanto, muitas moedas tiveram um mau desempenho em relação às moedas internacionais. Países produtores de petróleo são confrontados com o mesmo desafio: se adaptar à crise ou falir.

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"Baixa do preço do petróleo pode também ter efeitos positivos", defende especialistaFoto: Henner Frankenfeld
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Semana do Petróleo de África 2015Foto: Henner Frankenfeld


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