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Angola: Eleições e Comunicação Social

27 de fevereiro de 2012

Na quinta-feira, 23 de fevereiro, discutiu-se o papel da comunicação social na prevenção de conflitos eleitorais numa iniciativa organizada pela ONG Omunga, na província de Benguela.

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Partidos parlamentares e extra-parlamentares a discutir as eleições gerais de setembro em Benguela (21/02/2012)
Partidos parlamentares e extra-parlamentares a discutir as eleições gerais de setembro em Benguela (21/02/2012)Foto: DW/Nelson Sul d'Angola

Partidos políticos, organizações da sociedade civil e jornalistas de diferentes media angolanos discutiram opapel da comunicação social na prevenção de conflitos eleitorais. A organização não governamental de defesa dos direitos humanos, Omunga, convidou Luisa Rogério, secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas de Angola, para moderar o debate.

Conflitos eleitorais

Segundo Luísa Rogério, diversos factores podem contribuir para possíveis conflitos eleitorais em Angola e relembra que vários jornalistas angolanos, sobretudo, os da imprensa pública, pertencem aos comités de especialidade do partido no poder, o MPLA.

"As tendências estão claramente demarcadas", diz a secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas de Angola, e acrescenta que "questão de a vida política marcar muito (…) o contexto sócio-profissional dos angolanos" afeta o desempenho dos jornalistas.

Media: instrumento do governo?

Israel Samalata, correspondente do bissemanário "Folha 8", é da opinião que o atual estado da comunicação social pública em Angola é ainda bastante crítico, por privilegiar o partido no poder e marginalizar a oposição.

Samalata aponta mesmo a Rádio Nacional (RNA), o Jornal de Angola e a própria Televisão Pública (TPA), como "órgãos do estado que desempenham um papel critico contra a oposição numa fase dos processos eleitorais".

Reponsabilidade partilhada

Já o ativista cívico João Micelo, pensa que mais importante do que apontar o dedo, é lembrar que "todo o povo angolano e os políticos em geral devem ter a responsabilidade de se engajarem nesse processo eleitoral."

João Micelo, relembra que "o jornalista é um ser humano e que pode cometer falhas. Ele acredita que o papel do jornalista, neste caso, é "tentar que não aconteça uma série de irregularidades no processo eleitoral do ponto de vista informativo."

Autor: Nelson Sul de Angola (Bengulea)
Edição: Carla Fernandes / António Rocha

"Folha 8" jornal angolano (outubro 2011)
"Folha 8" jornal angolano (outubro 2011)Foto: Screenshot