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Angola celebra 41 anos de independência em crise

11 de novembro de 2016

É o segundo ano que o país assinala o 11 de novembro em crise. Apesar das dificuldades que Angola enfrenta, muitos cidadãos não esquecem o valor da independência. Analistas dizem que a data deve servir de reflexão.

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Foto: picture-alliance/dpa

Esta sexta-feira (11.11) é Dia da Dipanda. Foi há 41 anos, a 11 de novembro de 1975, que a independência foi proclamada pelo primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto.

Nos últimos dois anos, Angola tem sido assolada por uma crise económica e financeira que resultou da baixa do preço do barril de petróleo no mercado internacional. A dívida pública angolana vale mais de metade da riqueza produzida no país em 2017.

O impacto da crise sente-se todos os dias, mas Arlindo Daniel, que vive em na capital angolana, pensa que o momento deve ser dedicado à conquista da liberdade. "Embora estejamos a viver uma situação dura que é a crise, se não fosse a independência não sei o que seria de nós".

11.11.2016 Angola - Independencia - MP3-Stereo

António Tomás, outro habitante de Luanda, concorda que "a comemoração não deverá ser feita apenas a pensar nos preços e no momento difícil que o país está a passar".

Defende que se deve aproveitar esta fase para pensar em formas para sair da crise. "Para ver se conseguimos mudar alguma coisa", desabafa.

Tempo de reflexão

O analista político Osvaldo Mboko também entende que a data deve servir de reflexão. "É fundamental que neste período da independência possamos refletir sobre os mecanismos que devemos usar para sairmos da crise".

O especialista considera importante que se pense em soluções para "evitar que crises futuras tenham o mesmo impacto que tem hoje na economia angolana", e que se reflete no consumidor final devido ao agravamento de bens e serviços oferecidos.

O professor universitário diz ainda que a data deve ser aproveitada para se cultivar o espírito de tolerância e unidade entre os angolanos.

"A independência remete-nos necessariamente ao espírito de união, de unidade nacional e parece-me que algumas pessoas vão esquecendo isso", lamenta. "Também nos remete para o que chamamos de tolerância política, mas parece que os próprios políticos estão a ser pouco tolerantes".

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